Edgar

31 anos

Foi o primeiro a viajar de Londres para a Síria, entre 2012 e 2013. Cerebral, inteligente e pouco dado a protagonismos, nunca colocou fotos suas nas redes sociais. Nem faz qualquer tipo de propaganda ao Estado Islâmico no Facebook ou no Twitter, ao contrário do que acontece com a maioria dos jiadistas ocidentais. Em abril de 2014, quando o Expresso começou a escrever sobre a presença de portugueses no Estado Islâmico, o seu nome foi o primeiro a ser referido por fontes próximas dos serviços de informações europeus:

“Chama-se Edgar e é o líder do grupo de portugueses que combate em Alepo, na Síria, contra o regime de Bashar al-Assad”

Edgar não é imigrante de segunda geração nem arranjou um passaporte da república portuguesa através de um casamento por conveniência, como foi equacionado no início (quando ainda era difícil acreditar que poderia haver portugueses jiadistas). Filho de pais retornados de Angola, no final dos anos 70 – a mãe trabalhava na Força Aérea portuguesa -, nasceu e cresceu em Portugal, nos arredores de Lisboa, a meio da Linha de Sintra. O apartamento, num 9º andar, onde viveu com os pais e com os irmãos e irmãs, fica numa urbanização de prédios altos e recentes. Ia a pé para o liceu, onde era um aluno aplicado, e chegou a jogar futebol amador com o irmão Celso, mais novo, num clube local. O futebol, aliás, é um elo de ligação entre os cinco jiadistas. Jogavam em Portugal, continuaram a fazê-lo em Londres.

Edgar licenciou-se em Gestão e Contabilidade no Porto e, há cerca de dez anos, decidiu prosseguir os estudos em Inglaterra, na Universidade de East London. Ao Expresso, o gabinete de comunicação daquele estabelecimento de ensino superior não confirma nem desmente que os portugueses tenham sido ali alunos: “Temos como política não comentar matérias que estejam relacionadas com os nossos alunos ou funcionários”, referiu o gabinete de comunicação da universidade, numa resposta por e-mail.

Foi morar na zona de Leyton, nos arredores da capital, numa zona de rendas baixas, suficientemente próxima do centro da capital e onde reside uma cada vez mais numerosa comunidade de portugueses, alguns recém-convertidos ao Islão. Edgar juntou-se ao grupo, começou a frequentar a mesquita de Forest Gate e pouco tempo depois tinha escolhido o seu caminho: o Islão, na sua faceta radical.

“Eles aderiram à Jihad não por desespero ou por estarem no desemprego, mas por uma questão de fé. Foram subindo de níveis no Islão”, explicou ao Expresso, em abril, um familiar dos irmãos que assistiu a todo o processo, do primeiro contacto com a religião à partida para a Síria.

Ainda em Londres, Edgar passou de recrutado a recrutador, tentando aliciar portugueses para a causa através de chats do Facebook. Escolhia as vítimas, sempre jovens, rapazes e raparigas, em grupos nacionais de muçulmanos. Iniciava as conversas sempre da mesma forma: “Como vai o teu Islão?”

Um rapaz de 20 anos, português, mordeu o isco. “Ele disse-me que tinha um grupo em Londres e perguntou-me se eu queria tirar um curso sobre o Islão para ir para Marrocos e para a Mauritânia. Depois poderia ir para um país como a Síria”, relatou ao Expresso. Alarmado, colocou um alerta no mesmo fórum. Edgar acabou por desaparecer da internet. A sua missão mudara: de recrutador virara guerrilheiro. No fim de 2012 viajou para a Turquia de avião e percorreu a pé e de carro o caminho até ao norte da Síria. Aí alistou-se no Estado Islâmico. Ainda lá está.

Celso

28 anos

É de longe o mais famoso guerrilheiro português ao serviço do exército de Abu Bakr al-Baghdadi. Em abril, colocou um vídeo no YouTube, de cara tapada e AK-47 na não, com o cognome de guerra Abu Issa Al-Andaluzi. Em inglês, apelava aos muçulmanos que se juntassem à Jihad na Grande Síria. O sotaque denunciou imediatamente a origem lusitana. Pouco depois, através de um programa de reconhecimento facial, os serviços de informações ingleses e portugueses identificaram-no como sendo Celso Costa.

O vídeo tornou-se viral, não pela mensagem de Celso mas pela introdução: ali se dizia que era um antigo futebolista, jogador do Arsenal, de Londres, que deixara o futebol, o dinheiro e o modo de vida europeu para fazer o caminho de Alá. No seu país de origem teria até crescido com Cristiano Ronaldo, o melhor jogador do mundo. Antes de os serviços secretos revelarem a sua verdadeira identidade, chegou a escrever-se que o homem por trás do lenço seria o português Luís Boa Morte ou Lassana Diarra, futebolista francês com ascendência maliana, ambos ex-jogadores do Arsenal.

Celso no YouTube em abril “Em alguns países tens de colocar as tuas crianças em escolas de infiéis. Quem é que vai ensinar as tuas crianças? O professor será provavelmente gay, ou talvez traficante de droga ou mesmo um pedófilo”

A verdade andou longe. Celso, 28 anos, não era sequer futebolista. Mas tinha jeito. Tal como o irmão Edgar, também rumou a Londres com o objetivo de estudar e arranjar um bom emprego. Mas do que ele gostava mesmo era das artes marciais e dos jogos de futebol às quartas-feiras em Stratford ou Canning Town, também na zona Este da cidade, com os amigos portugueses e africanos. Um dia decidiu tentar a sorte no Arsenal. Foi a alguns treinos de captação, mas acabou por não ser escolhido. Assim começou e acabou a sua passagem pelo clube londrino.

Com o futebol posto de parte havia mais tempo para ouvir os sermões dos líderes islâmicos no bairro de Leyton e na faculdade. Os amigos de juventude, e também os que fez em Londres, concordam que Celso era um alvo prioritário a conquistar para a causa jiadista. O seu feitio carismático e expansivo faria dele um angariador nato de guerrilheiros para a Síria e para o Iraque. Assim foi. “Em minutos, agregava um grupo à sua volta com a sua conversa fácil e alegre”, conta um amigo. “Era um jovem engraçado, facilmente fazia amizades e tinha um grande poder de persuasão sobre outros jovens mentalmente não muito fortes”, adianta outro.

Já era assim em Portugal. Celso era o rapaz cool, sem regras, amante da noite, do breakdance e de raparigas bonitas. Gostava de ser diferente, de se destacar, de ser o centro as atenções. “Quando me contou que se ia converter ao Islão, achei que era mais uma das muitas brincadeiras dele. Quando percebi que era a sério, até fiquei contente. Talvez o ajudasse a encontrar o caminho certo, pois ele estava com alguma dificuldade em encontrá-lo. Mas foi totalmente ‘brainwashed’. Aos poucos, ficou mais e mais fanático. Foi assustador. Vêm-me as lágrimas aos olhos quando penso nele, porque sei exatamente o fim que o espera. É um choque assistir a uma transformação destas”, conta um amigo que vive na Linha de Sintra.

Na Síria, na zona de Alepo, Celso combate ao lado de Fábio, 22 anos, outro português da Linha de Sintra, numa brigada comandada por Omar Shishani, o principal comandante do Estado Islâmico.

No Twitter foi publicada uma sequência de três fotografias que prova a parceria no campo de batalha: Celso aparece, sempre de cara tapada, ao lado de Fábio e também do famoso rapper alemão Deso Dogg, um dos rapazes da propaganda do Estado Islâmico.

Na linha de Sintra, os pais continuam a viver no mesmo nono andar. Por duas vezes garantiram ao Expresso desconhecer o paradeiro de Celso e de Edgar. “Estão a trabalhar fora e raramente telefonam. Dizem que têm pouca rede”, explica a mãe, de voz pesarosa.

Fábio

22 anos

Fábio nunca foi rapaz de estudar. Os seus sonhos andaram sempre arredados dos bancos da escola, do percurso académico. Os talentos que lhe interessavam, e que alimentava, saíam-lhe dos pés e das mãos: os pés faziam dele um futebolista hábil, um avançado raçudo; as mãos revelavam um artista com gosto para a arquitetura, elogiado por professores e colegas. Passou por vários clubes de bairro, na Linha de Sintra, mas não ficou muito tempo em cada um. Era brigão, inconformado, impaciente. Queria mais.

Fábio jogou futebol num clube amador de Londres, o UK Football Finder Football Club antes de partir para a Jihad.
Na Síria, tem colocado dezenas de fotografias nas redes sociais.
E em algumas delas exibe-se ao lado de armas de guerra.

Cresceu em Mem Martins, nos arredores de Lisboa, mas depressa a freguesia de Sintra se tornou pequenina para quem queria tanto ser Cristiano Ronaldo e Siza Vieira, ou pelo menos um deles. Aos 19 anos partiu para Inglaterra para estudar artes e jogar. Londres era o palco de todas as possibilidades. Tornou-se um dreamchaser, caçador de um sonho, mas no fim foi ele o apanhado na rede de captação de jiadistas para a Síria.

Em dois anos converteu-se ao islamismo, mudou o nome para Abdu, radicalizou-se e partiu para a Síria. A cronologia desses dias constrói-se com os relatos de amigos e familiares, que conversaram com o Expresso. Nenhum quis ser identificado. E começa no apartamento, onde alugou um quarto, no bairro de Leyton. E adensa-se num ringue de Muay Tai, no ginásio de uma organização de solidariedade social destinada a integrar jovens através das artes marciais. Fábio não tinha emprego e apenas jogava futebol em clubes amadores, à experiência. Passava ali muito tempo.

Entre o bairro, a faculdade e o ginásio construiu um novo grupo de amigos: Celso, Edgar, Nero e Sandro. Como ele, tinham crescido na Linha de Sintra, a poucos quilómetros uns dos outros. Como ele, tinham raízes em Angola. Mais velhos, conhecedores de Londres, tornaram-se uma referência. Ao contrário dele, eram muçulmanos, mas a diferença depressa se esbateu.

Fábio foi viver com eles, passou a chamar-lhes irmãos, começou a ler o Corão. Deles recebia companhia, apoio, alimentação, até dinheiro. E, rapidamente, também ele começou a falar em converter-se ao Islão. O futebol não estava a resultar. Fez treinos de captação em vários clubes e até integrou um clube britânico amador, de caça-talentos, mas sem sucesso. Voltar para Portugal não era opção. Recrutá-lo para a Jihad (guerra santa) foi só mais um passo. “O miúdo rebelde tornou-se um miúdo radical”, lamenta uma pessoa próxima de Fábio.

Chegou à Síria em outubro de 2013, recebeu um mês de treino militar e juntou-se à brigada Al Ansar wa Muhajireen (constituída por combatentes de países ocidentais, como a Grã-Bretanha, França, Espanha, Suécia, Bélgica e Alemanha), que depois integrou o Estado Islâmico.

No Facebook documenta religiosamente os dias da sua nova vida. Abdu aparece de cara descoberta, sorridente, armado, a bandeira preta e branca do Estado Islâmico a surgir em quase todas as fotografias. Em abril, o Expresso conseguiu conversar com ele através do chat daquela rede social. Questionado sobre a decisão de lutar na Síria, respondeu:

“A partir do momento em que se aceita o Islão seguimos os desígnios de Alá. Aí percebemos que não há razão para não vir”.

Por essa altura foi publicado um vídeo no YouTube onde aparece ao lado de Celso (Abu Issa Al Andaluzi) e de outro mujahideen, de origem malaia, no rio Eufrates, durante uma pausa dos combates.

Fábio e Celso no YouTube em abril Num vídeo de 7 minutos com cerca de 70 mil page viewers, Fábio e Celso surgem lado a lado, junto ao rio Eufrates, na Síria. Apelam aos muçulmanos para se juntarem à Guerra Santa.

No dia destas filmagens, Fábio estava em Minjib. Nos últimos meses de 2014 combate em Raqqa, com missões esporádicas no Iraque. Foi ele que filmou o vídeo mais partilhado da tomada de Mossul, a 12 de junho.

Mas os festejos que surgem na gravação não foram captados no Iraque, mas em Minbij, uma localidade junto à fronteira turca onde Fábio vive com as suas três mulheres. A mais recente é portuguesa como ele.

Ângela, 19 anos, chegou à Síria no início de agosto, o rosto coberto por um niqab preto, que só deixa a descoberto os olhos escuros.

Nunca se tinham visto antes. O namoro e o noivado fizeram-se online, ela em frente a um computador na Holanda, nos arredores de Utrecht; ele em Raqqa.

Em comum descobriram o radicalismo islâmico, a oposição ao Ocidente e a nacionalidade portuguesa.

Umm nasceu Ângela, filha de um casal de emigrantes alentejanos, também ela a única muçulmana da família, também ela convertida em tempo recorde, influenciada pelos amigos.

A 10 de agosto, a lusodescendente aproveitou a ausência da mãe e fugiu.

Angela vive com Abdu numa zona residencial juntamente com vários casais ocidentais, da Holanda, Inglaterra e Alemanha. Só sai de casa com autorização do marido e vai às compras, ao mercado, armada com uma pistola de 9mm.

Ângela em entrevista telefónica concedida ao Expresso, julho de 2014.

Patrício

28 anos

Entre os jiadistas nacionais tem sido o mais vigiado pelas secretas europeias e pela Interpol, pelo risco elevado de vir a praticar atos terroristas. Objetivo: detetar e travar o seu livre regresso à Europa.

“Tem uma posição importante, influente dentro da organização, está longe de ser um mero soldado raso que foi combater e morrer na Síria”

Quem o garante ao Expresso são diferentes fontes dos serviços de informação nacionais. A família confirma a patente elevada do português que nasceu em Benguela, cresceu em Lisboa, estudou em Aveiro, fez-se engenheiro no Porto e especialista em petróleo em Londres.

Desde outubro de 2012 que está na Síria, na zona de Alepo, perto da fronteira com a Turquia. Tornou-se mujahid, combatente em nome do Islão. No início de 2014, o seu nome surgiu diretamente associado a um atentado falhado na Tanzânia pelo grupo Al-Shabaab, com ligações à Al-Qaeda: Patrício era o elo de ligação que, a partir da Síria, fornecia armamento, dinheiro e conhecimento estratégico especializado.

Os pais – a mãe, angolana, em Inglaterra; o pai, português, em Angola – debatem-se pelo retorno do filho, uma pessoa diferente desta que vão acompanhando e conhecendo pelo Facebook, nas fotografias com armas na mão, pistolas, espingardas, dentro de carros carregados de engenhos explosivos, vestido de camuflado, na mão direita o anel preto e branco do Estado Islâmico a marcar a união à causa jiadista.

Nas frases há um ódio que desconhecem, uma agressividade nova.

“Sempre foi um filho obediente e inteligente, um menino doce que não dava trabalho, empenhado nos estudos, nunca teve desvios ou práticas violentas. Foi um golpe muito duro para nós... ainda está a ser. Somos uma família destroçada. Nas nossas orações pedimos fervorosamente a volta dele”, conta o pai, José.

Toda a família é católica, muito praticante. Patrício foi batizado, andou numa creche de freiras. Aos três anos abandonou Benguela com a mãe e a irmã mais velha e rumou a Portugal. A guerra em Angola não dava garantias de segurança.

Contar o seu processo de conversão e radicalização é quase repetir, passo a passo, a história de Fábio: teve o primeiro contacto com o Islão em Londres, para onde emigrou para continuar os estudos de engenharia que iniciou no Porto; foi viver para o bairro de Leyton; conheceu lá os irmãos Celso e Edgar, que o levaram para a Jihad. A prova da ligação existe por escrito: em Portugal, a morada do jovem engenheiro é a mesma dos dois irmãos, apesar de ele nunca ter lá vivido, garante fonte das secretas.

Patrício converteu-se em 2011, tinha 25 anos. O currículo fazia dele um alvo aliciante a recrutar: licenciado em engenharia, com especialização na área do petróleo – o 'ouro negro' que financia o Exército Islâmico –, desportista ex-praticante de artes marciais, conhecedor da língua árabe, que aprendeu quando estagiou no Dubai.

Na página pessoal do Facebook usa o nome verdadeiro. É uma exceção entre os guerrilheiros. Em 24 meses de Síria, o português andou na frente de guerra, ajudou a tomar a base aérea de Alepo, tornou-se recrutador e um estudioso do Islão. É simultaneamente guerrilheiro e professor. E marido e pai: casou-se com uma australiana, tem quatro filhos de diferentes mulheres. Por volta de março, uma pausa nas publicações coincidiu com uma notícia avançada ao Expresso por uma fonte dos serviços secretos: Patrício teria sido ferido nas pernas, com alguma gravidade. Dois meses depois voltou à rede. Mas as novas fotos não o retratam em combate. Estará afastado da frente.

“Um dia perguntei-lhe: ‘E se te acontece o pior?’”, conta o pai. A resposta desarmou-o: “Um dia receberás uma mensagem de um irmão. Não fiques triste com a minha morte”.

Sandro 'Funa'

36 anos

Foi o último do grupo de Leyton a entrar nas fileiras do Estado Islâmico. O português de 36 anos viajou para a Síria em janeiro de 2014, seguindo a mesma rota dos colegas, através da Turquia. Rapaz da Linha de Sintra, cresceu em Monte Abraão, entre Massamá e Queluz.

Era “o Funa” para os amigos e família, natural de Cabo Verde. Sandro foi colega de escola de Edgar e de Celso no secundário, numa escola próxima de casa. Os três cresceram juntos, quase como irmãos, e tinham gostos em comum, como o futebol.

Em 2007, decidiu abandonar o país e tornar-se emigrante no Reino Unido, onde conheceu Fábio e Patrício. Queria uma terra com mais oportunidades de trabalho. Mas a sua vida ganhou mais do que um rumo laboral: em oito anos contactou com a religião muçulmana, converteu-se, radicalizou-se. Ele que tinha crescido numa família católica praticante.

Na Síria, seguia a mesma filosofia de Edgar, não sendo adepto de fazer propaganda ao Estado Islâmico através das redes sociais.

“A família sabia que ele se encontrava a combater pelo Estado Islâmico, tal como as de todos os outros”, garante um amigo.

No início de novembro de 2014, os familiares e amigos receberam a notícia que mais temiam. Sandro morreu em Kobane, em finais de outubro, debaixo do fogo cerrado dos aviões da coligação. Terão sido os guerrilheiros portugueses do Estado Islâmico a avisar a família, através das redes sociais. Uma notícia que os serviços de informações já confirmaram informalmente ao Expresso.

No entanto, o Estado português demora em reconhecer oficialmente a morte de ‘Funa’, uma vez que são necessários mais dados concretos provenientes do médio oriente. E no Califado a informação e contrainformação estão de mãos dadas, com o único objetivo de confundir as autoridades ocidentais.

Para a família de ‘Funa’ não restará mais do que fazer o luto à distância, e esperar que um dia o corpo do português possa ser trasladado para Portugal.

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