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As casas dos portugueses estão mais frias do que as dos outros europeus?

Sofia Miguel Rosa

Jornalista infográfica

Sofia Miguel Rosa

Jornalista infográfica

Portugal
União Europeia
População (%) sem capacidade para manter a casa aquecida
Entre 2004 e 2021*

*Nos 27 Estados-membros da União Europeia Eurostat

O gráfico mostra os dez Estados-membros com mais pessoas a viver em agregados sem capacidade financeira para manter as casas aquecidas entre os 27 da União Europeia

Em 2007, 42% dos portugueses indicavam não conseguir manter as casas devidamente aquecidas — foi o pior ano para Portugal, desde o início deste levantamento

Portugal destaca-se ao longo de todo o período, sem conseguir sair do top 10 da lista, que é encabeçada pela Bulgária

Com algumas oscilações, o valor português desceu substancialmente e chegou a 16,4%, em 2021, o ano mais recente nos dados comparativos do Eurostat

Além da Bulgária, a Lituânia, o Chipre e a Grécia superam o indicador português e posicionam o país no 5ª lugar mais alto entre os 27 Estados-membros da União Europeia

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O gráfico animado mostra os dez Estados-membros, entre os 27 da União Europeia, onde a percentagem de pessoas que vivem em agregados sem capacidade financeira para manter as casas aquecidas é maior.

Portugal destaca-se logo no início, com a pior posição comparativa em 2004. Com o alargamento da União Europeia, a Bulgária passa a encabeçar a lista, mas Portugal mantém-se ao longo de todo o período no top 10. A Grécia, a Lituânia e Chipre superam o indicador português e posicionam o país no 5º lugar mais alto em 2021 — o ano mais recente nos dados comparativos do Eurostat. Segue-se a Espanha, a Roménia e a Itália.

Em oposição, onde há maior conforto térmico é na Finlândia, na Suécia, na Eslovénia e na Áustria, onde menos de 2% da população indicam ter dificuldade financeira para aquecer a casa.

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Incapacidade para manter a casa aquecida
Em Portugal e na União Europeia*

*Nos 27 Estados-membros da União Europeia Eurostat


Em 2007, o pior ano para Portugal desde o início deste levantamento, 42% dos portugueses indicavam não conseguir manter as casas devidamente aquecidas nas respostas do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento do INE. Com algumas oscilações, o valor desceu substancialmente e chegou a 16,4%, em 2021, mas inverteu a tendência em 2022 e subiu mais de um ponto percentual, para 17,5%.

Nos mais pobres, na população que vive abaixo do limiar do risco de pobreza, a percentagem sobe para 27,9%, em Portugal, e 16,4% na média dos 27 Estados-membros. Na população que vive acima de esse limiar, o valor português desce para 13,8% e, tendo em conta o custo de vida de cada país, desce para 4,9% na média europeia.

Em Portugal quem vive só tem ainda mais dificuldade em aquecer a casa. Um em quatro destes inquiridos (24,4%) dizem não conseguir fazê-lo. A média da União Europeia é 9,2% e Portugal tem a terceira posição mais alta, só atrás da Bulgária (35,3%) e da Lituânia (31,1%).

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Pessoas que vivem sós em Portugal
Incapacidade para manter a casa devidamente aquecida (2021)

Eurostat


A situação é ainda mais grave nas mulheres e nos mais velhos. A percentagem de pessoas que vivem sós sem conseguir manter a casa aquecida aumenta para 27,5% no caso de esse adulto ser mulher e para 28,4% no caso de ter mais de 65 anos.