Opel: 125 anos eletrizantes

A Opel celebra a passagem do 125.º aniversário de produção automóvel com uma visão de futuro bem definida para a mobilidade elétrica, e em linha com a ambição do Grupo Stellantis, que se quer tornar neutro em carbono até 2038

Ninguém diria, nos idos de 1862, que a marca então fundada por Adam Opel – primeiro para produzir máquinas de costura e, alguns anos depois, bicicletas – seria, em 1899, um produtor de automóveis. 

A título de curiosidade: sabia que foi de Rüsselsheim – a cidade onde nasceu a Opel – que saíram as bicicletas com que o belga Philippe Thys venceu a Volta à França em 1913, 1914 e 1920? Nessa altura, já a marca Opel se afirmava também como construtor de automóveis. 

Quando Wilhelm Opel, o filho de Adam Opel, no dia 21 de janeiro de 1899, fechou contrato com um mestre serralheiro de Dessau para comprar a sua fábrica de veículos a motor estava a ser dado o tiro de partida no percurso de um dos maiores produtores mundiais de automóveis.

O primeiro automóvel da marca sairia da linha de montagem na primavera do ano seguinte. O primeiro Opel “made in Rüsselsheim” foi o Patentwagen System Lutzmann, uma viatura com um motor monocilíndrico horizontal, de 1545 cm3 que atingia uma potência máxima de 3,5 cv às 650 rpm.

MOBILIDADE PARA TODOS

O construtor alemão definiu, desde a sua fundação, a ambição de proporcionar mobilidade a uma grande parte da população. E para que isso pudesse ser possível, introduziu, em 1924, a produção em massa recorrendo a uma linha de montagem.

O resultado dessa estratégia materializou-se no lançamento do modelo 4/12 PS “Laubfrosch”. E deu frutos, já que, com uma produção mais eficiente, o preço desceu, abrindo portas à concretização do objetivo da marca – a mobilidade individual sobre quatro rodas tornou-se, pela primeira vez, acessível para a maioria.

A ENERGIA DO “BLITZ”

Quando, em 2024, passamos 125 anos de história em revista – e com tantos lançamentos no currículo –, podemos ser tentados a esquecer-nos de modelos como o Kadett B Stir-Lec I. Mas faz todo o sentido recuperar essa passagem histórica num presente (e futuro) que passa pela mobilidade elétrica. Apresentado em 1968, este protótipo híbrido recorria, como extensor de autonomia, a 14 baterias de chumbo que eram permanentemente alimentadas através da energia gerada por um motor de combustão Stirling. Tratou-se de um estudo inovador à época, tendo o conceito sido recuperado anos mais tarde, na produção em série do Ampera.

Revolucionário, em 1968, o protótipo híbrido Kadett B Stir-Lec I

Revolucionário, em 1968, o protótipo híbrido Kadett B Stir-Lec I

Sem nunca perder o foco de tornar a mobilidade acessível, a oferta elétrica da Opel representa, no presente, uma resposta ao nível do objetivo que o Grupo Stellantis exige – alcançar a neutralidade carbónica até 2038.

Inspirada pelo “blitz”, o relâmpago que é parte integrante do seu emblema, a marca alemã conta hoje com 15 modelos eletrificados na sua oferta, destacando-se os modelos que, mesmo nas versões equipadas com motores a combustão, já eram um sucesso de vendas, como o Opel Corsa. E também nesta oferta é possível encontrar uma das primeiras “station wagon” totalmente elétricas do mercado, o Astra Sports Tourer Electric, uma das estrelas do IAA Mobility (o salão automóvel de Munique) do ano passado. Para este ano de 2024 e seguintes, em plena celebração do 125.º aniversário, foi definido que cada modelo terá, pelo menos, uma variante elétrica a bateria.

O QUE AÍ VEM

Porta-estandarte dessa nova forma Opel de estar no mercado, o novo Frontera vai ser disponibilizado numa versão puramente elétrica a bateria e unidades eficientes com tecnologia híbrida de 48 volts. Ou seja, está na lista de argumentos deste modelo tudo o que é preciso para responder a quem procura um SUV – com o espaço à cabeça – mas também um desempenho responsável.

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Sem nos alongarmos muito, este Frontera apresenta uma impressionante capacidade de carga – mais de 460 litros de espaço na bagageira com os bancos traseiros na posição normal que aumenta para 1600 litros com os bancos rebatidos.

E a estética também tem uma palavra a dizer. Neste particular, o novo Frontera surpreende pelo visual expressivo e dinâmico, mantendo-se a filosofia de design arrojado a que a Opel nos foi habituando nos últimos anos.

OS PRÓXIMOS 125 ANOS

O Opel Design Studio, que celebra este ano o seu 60.º aniversário, tem vindo, ao longo dos anos, a definir as tendências da marca no que ao estilo diz respeito. O que a Opel fez no passado e vai fazer amanhã tem, obviamente, a sua assinatura.

Apresentado no final do ano passado, em Munique, o protótipo Opel Experimental proporciona uma visão clara do futuro da marca, a todos os níveis.

O crossover elétrico a bateria Opel Experimental foi, a par da estreia do Astra Sports Tourer Electric, um dos destaques do salão automóvel, propondo características de vanguarda não só ao nível do design mas também no que respeita à eficiência aerodinâmica.

Sabia que o Opel Experimental pode “ver no escuro”?

No vídeo “Painting with Light”, disponível aqui, pode ficar a saber como.

O perfil afunilado dramático é um cartão de visita que convida a descobrir um habitáculo espaçoso e muito bem iluminado. A abordagem emocional da marca à mobilidade sustentável surge representada num interior que remete os ocupantes para um ambiente de bem-estar, com uma componente tecnológica bem vincada, através da inclusão de um “head-up display” de última geração.

A ideia é que esta nova visão da Opel para a mobilidade individual sustentável vá ganhando forma nos próximos lançamentos, o que vai acontecer já com o Grandland, um novo modelo que adota muitas características de design do protótipo de Munique.

As primeiras imagens foram reveladas em abril e no exterior salta logo à vista, na frente, o Vizor 3D com o logótipo iluminado e a palavra “OPEL” permanentemente iluminada na traseira. Um statement que nos transporta para toda uma nova geração eletrificada, onde a autonomia não é sequer um problema – o Grandland “full electric”, de acordo com o ciclo WLTP1, pode percorrer até cerca de 700 quilómetros sem emissões locais.

Este é o primeiro Opel a utilizar a plataforma STLA Medium do Grupo Stellantis e esta é parte relevante do “segredo” que está por trás destas autonomias de referência. Mas a que se juntam, neste modelo, outras especificidades como um novo conjunto de baterias planas com até 98 kWh, um motor elétrico de nova geração e funcionalidades de poupança de energia, como uma bomba de calor.

E para além da autonomia, o novo Opel Grandland vai garantir paragens curtas para carregamento – numa estação pública de carregamento rápido, vão ser necessários apenas cerca de 26 minutos para recarregar até 80% da capacidade da bateria.

O futuro é uma inevitabilidade e a Opel já mostrou estar pronta para os dias que hão de vir. E é, afinal, tão fácil encontrar, nas suas origens, o espírito de missão que a vai conduzindo através dos tempos. Essa visão muito própria, de que a mobilidade é para todos, está em perfeita sintonia com as linhas mestras do projeto que o Grupo Stellantis definiu até 2038. A Opel, confirma-se, está pronta para responder às necessidades dos clientes. Hoje e amanhã.

Competição sustentável

Se quando falamos no comércio e indústria o desafio de eletrificação é grande, imagine-se a dimensão da obra quando este se estende à competição automóvel. E logo numa modalidade histórica como os ralis, que mexe com as sensações de tantos aficionados.

Na Alemanha, a ADAC Opel Electric Rally Cup provou que a associação entre eletrificação e competição era possível. Recentemente galardoada com o Prémio de Sustentabilidade DMSB, atribuído pela Federação Alemã de Desporto Automóvel, a primeira taça de rali monomarca elétrica do mundo encontra-se já na sua quarta temporada e representa, sem dúvida alguma, uma “pedrada no charco” na forma mais clássica da competição automóvel.

Com despiques até ao último segundo, esta taça, promovida pelo departamento de competição da Opel, prova que é possível associar palavras como a sustentabilidade e a eficiência aos ralis, mantendo intacta toda a emoção que apaixona os fãs.

Durante um ano, a Stellantis promove um conjunto de conteúdos dedicados ao tema da mobilidade. Leia tudo sobre o projeto “Moving Electric” aqui. Pode ficar a saber tudo sobre os ícones eletrificados da Fiat aqui e os argumentos dos Peugeot E-308 e E-308 SW que nos podem levar a trocar a combustão pela energia elétrica aqui.

Neste conteúdo, pode ler sobre a forma como a Jeep eletrificou o espírito de aventura, e aqui sobre um SUV inovador, cuja autonomia passou a ser uma referência na classe.