Sofia Miguel Rosa
Jornalista infográfica
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*Estimativas recolhidas a 19/07/2022 (dados EFFIS)
Em 23 anos de dados sobre o acumulado anual de área ardida nos incêndios florestais, Portugal ocupou sempre uma das cinco primeiras posições comparativas e em 11 ocasiões é mesmo o Estado-membro com mais área ardida dos 27
Nos registos harmonizados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), Portugal assinala, em 2017, o valor máximo absoluto de todos os Estados-membros da União Europeia: 563.532 hectares de área ardida
Já este ano, dois terços do peso da área ardida na União Europeia estão concentrados em Espanha e na Roménia
Espanha, que assinala o valor absoluto mais alto até à data, 179 mil hectares, tem uma percentagem de superfície ardida inferior à portuguesa (0,35%)
Portugal ocupa a 3ª posição e contribui com 9% dos 500 mil hectares contabilizados até 19 de julho de 2022
O recorde anual de área ardida é português. Nos registos harmonizados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), Portugal assinala, em 2017, o valor máximo absoluto de todos os Estados-membros da União Europeia: 563.532 hectares de área ardida.
Em 23 anos de dados sobre o acumulado anual de área ardida nos incêndios florestais, Portugal ocupou sempre uma das cinco primeiras posições comparativas e em 11 ocasiões é mesmo o Estado-membro com mais área ardida dos 27.
Já este ano, dois terços do peso da área ardida na União Europeia estão concentrados em Espanha e na Roménia. Portugal ocupa a 3ª posição e contribui com 9% dos 500 mil hectares contabilizados desde o início do ano até 19 de julho de 2022.
Tendo em consideração a área total dos respetivos países, só a Roménia (0, 63%) e a Croácia (0,59%) têm uma percentagem de superfície ardida superior a Portugal (0,49%). Dos 9.187.803 hectares de superfície nacional já arderam cerca de 45 mil hectares este ano.
Espanha, que assinala o valor absoluto mais alto até à data, 179 mil hectares, tem uma percentagem de superfície ardida inferior à portuguesa (0,35%).
*Estimativas recolhidas a 19/07/2022 (dados EFFIS)
Na evolução semanal, Portugal quebrou o recorde de área ardida acumulada logo nas primeiras semanas de 2022 (linha azul-clara no gráfico em baixo). A seca atípica do início do ano potenciou a dimensão de alguns incêndios, principalmente nos distritos de Braga e de Viana do Castelo, e fez com que a área ardida fosse a maior desde 2006 (linha branca). Daí em diante, os danos foram residuais e o valor acumulado voltou a encontrar a média de referência em junho (linha a tracejado).
*Média e valor máximo registado entre 2006 e 2021. Estimativas semanais até 16/07/2022 (dados EFFIS calculados para incêndios com 30 ou mais hectares)
A partir de julho os valores voltaram a disparar e até ao final da semana passada (16 de julho) arderam cerca de 38 mil hectares de área florestal — um valor acima da média, mas longe dos 61 mil hectares registados até à mesma semana de 2017.
*Valor para 2022 recolhido a 19/07/2022 (dados EFFIS)
O gráfico em cima mostra a evolução anual de área ardida em Portugal desde 1980. O indicador para 2022 diz respeito aos primeiros sete meses do ano, mas já é superior ao total anual de 2021 e mais alto do que dez outros anos.
2003, 2005 e 2017 assinalam as maiores anomalias na série longa dos registos portugueses que recua a 1980.