Sofia Miguel Rosa
Jornalista infográfica
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*Período-base entre 1961 e 1990. Para o cálculo das anomalias das temperaturas nos 199 territórios foram achadas as médias de todas as quadrículas dentro das fronteiras terrestres dos países (dados OWiD)
As anomalias das temperaturas terrestres são calculadas pelas diferenças entre as medições de mais de 4800 estações meteorológicas em relação à média dos registos entre 1961 e 1990
Para a distribuição por país são feitas as médias de todas as quadrículas dento dos limites das fronteiras
Entre 2010 e 2017, período mostrado pelo gráfico animado, a maior anomalia na temperatura de um país foi registada no Sudão do Sul, em 2012 (+4,27 °C) em relação à média do histórico das temperaturas terrestres para o mesmo limite geográfico
Nos países europeus, a Noruega, a Rússia, a Finlândia e a Dinamarca são dos mais afetados pelos aumentos nas temperaturas médias entre 2010 e 2017
Os dados mais recentes são relativos a 2017. Nesse ano, a Mongólia apresentou o indicador mais alto em 199 países: +2,97 °C
Entre 2010 e 2017, período mostrado pelo gráfico animado, a maior anomalia na temperatura de um país foi registada no Sudão do Sul, em 2012. Foi detetado um aumento de 4,27 °C em relação à média do histórico das temperaturas terrestres para o mesmo limite geográfico.
As anomalias das temperaturas terrestres são calculadas pelas diferenças entre as medições de mais de 4800 estações meteorológicas, que tornam possível a recolha global dos dados das temperaturas (CRUTEM4), em relação à média dos registos entre 1961 e 1990. Para a distribuição por país são feitas as médias de todas as quadrículas dento das fronteiras e limites territoriais.
Os cálculos das anomalias nas temperaturas são da Unidade de Investigação Climática da Universidade de East Anglia, em parceria com o The Met Office Hadley Centre, no Reino Unido, e foram recolhidos pelo Expressso na plataforma Our World in Data (OWiD). Os dados mais recentes são relativos a 2017. Nesse ano, a Mongólia apresentou o indicador mais alto em 199 países: +2,97 °C.
Nos países europeus, a Noruega, a Rússia, a Finlândia e a Dinamarca são dos mais afetados pelos aumentos nas temperaturas médias entre 2010 e 2017. Portugal, com pequenas variações anuais, posiciona-se a meio da tabela europeia.
*Período-base entre 1910 e 2010. Temperatura terrestre na Europa (dados NOAA)
Um outro levantamento das anomalias da temperatura terrestre, publicado nos Estados Unidos pelo National Centers for Environmental Information (NOAA), em junho de 2022, mostra um aumento sistemático das temperaturas na Europa desde o final dos anos 80, apenas com uma exceção em 1996, onde as temperaturas baixaram em média -0,15 °C em relação a um período-base (1910 – 2010). O ano de 2020 registou o maior aumento histórico: +2,16 °C.
O gráfico seguinte mostra a série longa do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) com as anomalias da temperatura em território nacional. Desde 1994 que os registos mostram um aumento continuado da temperatura média anual em relação ao intervalo-base (1971–2000), com duas exceções: em 2008 (-0,2 °C) e em 2012 (-0,04 °C).
*Período-base entre 1971 e 2000. Para o cálculo e validação das anomalias das temperaturas em Portugal foram usados os registos de cerca de 50 estações meteorológicas (dados IPMA)
Recuando a 1931, a maior anomalia da temperatura média para Portugal é +1,31 °C, registada em 1997. Nos últimos vinte anos, o recorde é +1,16 °C, em 2017 — ano dos grandes incêndios que vitimaram mais de uma centena de pessoas.
*Incêndios florestais de grande escala e episódios de temperaturas extremas (dados OWiD)
O gráfico em cima faz o balanço global de duas categorias de desastres naturais: o registo de episódios anuais de temperaturas extremas (calor e frio) e o número de incêndios florestais de grande escala.