A amiga genial
A música, a poesia, as pulseiras e a tour de milhões: Taylor Swift,
segundo 7 fãs e uma especialista que fez dela objeto de estudo

A amiga genial
A música, a poesia, as pulseiras e a tour de milhões: Taylor Swift, segundo 7 fãs e uma especialista que fez dela objeto de estudo


Mulher, 34 anos e artista pop. Chega a Portugal esta semana para dois concertos completamente esgotados. Taylor Swift arrasta multidões e pode influenciar as eleições dos EUA. Porquê?
Porque esta é, na verdade, uma “Love Story”

Houve tempos em que Laura escondia que gostava da música da miúda de longos cabelos louros. Na escola, enquanto os amigos falavam dos últimos hits da rádio, ela mantinha o silêncio sobre o country-pop que conhecera. “Naquela altura era tudo muito solitário”, conta Laura, hoje com 26 anos, no quarto onde tem um piano. No braço traz tatuada numa fina linha vermelha uma bota de cowboy. Aquele tímido amor tinha nome, um daqueles que, em 2024, todos os apaixonados parecem querer berrar ao mundo: Taylor Swift.
“Quando tudo começou, não conhecia outros fãs. Na escola até faziam troça por ser foleiro gostar da Taylor. Primeiro era porque cantava country, depois era foleiro porque cantava pop e já era igual a toda a gente.” Quando fala da artista norte-americana de 34 anos, Laura Limede diz só o primeiro nome, como se fosse apenas uma amiga. “Agora é o oposto: esse é o fenómeno. Nem sei explicar como há hoje esta comunidade tão grande de fãs.”

Laura tatuou uma bota de cowboy no braço em homenagem a Taylor Swift
Laura tatuou uma bota de cowboy no braço em homenagem a Taylor Swift

O quadro que tem pendurado no quarto, com as 'eras', foi o namorado que pintou e lhe ofereceu
O quadro que tem pendurado no quarto, com as 'eras', foi o namorado que pintou e lhe ofereceu

A Laura vai ver quatro concertos da "Eras Tour": os dois em Lisboa (uma vez na bancada e outra colada ao palco) e outras duas vezes em Londres)
A Laura vai ver quatro concertos da "Eras Tour": os dois em Lisboa (uma vez na bancada e outra colada ao palco) e outras duas vezes em Londres)

A artista norte-americana chega esta semana pela primeira vez a Portugal. A 24 e 25 de maio, no Estádio da Luz, em Lisboa, dá dois concertos esgotados poucas horas após os bilhetes terem sido postos à venda. Aconteceu o mesmo por todo o mundo com esta digressão, a “Eras Tour”, que já correu os EUA, Américas Central e do Sul, Ásia e Oceânia. Aterrou na Europa há dias — primeiro em França, depois Suécia. Segue-se Portugal. Até ao final do verão tem, por exemplo, oito noites esgotadas no mítico Estádio de Wembley, em Londres. Voltará ainda aos EUA e Canadá e a tour só termina no final do ano (arrancou em março de 2023). São pelo menos dois espetáculos de três horas e quinze minutos por cidade.
Laura, que começou a tocar guitarra e piano por causa de Taylor, vai estar em quatro dos 152 concertos: duas noites em Lisboa e duas em Londres. Por cá, a primeira noite é sentada na bancada com o namorado e a irmã. A segunda será, espera, encostada ao palco, logo na primeira fila, para ver (e talvez tocar) em Taylor Swift. No armário do quarto já tem guardado um saco com essenciais para o segundo dia. "Tenho bilhete VIP, mas isso só me dá entrada uma hora mais cedo, tenho de correr na mesma para a frontline."
A indumentária da “Eras Tour” é um tema. Há empenho em procurar a peça que melhor se adapta à música favorita, escolher um top prateado e uma saia azul-noite para celebrar “Midnights", ou um vestido lilás para festejar “Lavender Haze", ou ainda despejar um frasco de glitter dourado para recordar “Fearless”. Tudo é pensado ao detalhe — tal como Swift faz.
É um fenómeno tão grande que um concerto se tornou mais do que um espetáculo. “Quando as pessoas vão com as t-shirts dos clubes para o futebol, gritam e estão lá igualmente histéricas, não são criticadas. Se formos nós para um concerto, já não faz sentido, já é um exagero”, defende. Passou meses à procura de vestidos em segunda mão que fossem iguais aos que Taylor usa nas primeiras fotografias em eventos públicos. Não gastou mais de €30 ou €40. “Quem os vende nem sabe a relíquia que tem.”

Laura vai recriar looks antigos de Taylor, há um ano que andava à procura dos vestidos em lojas de segunda mão
Laura vai recriar looks antigos de Taylor, há um ano que andava à procura dos vestidos em lojas de segunda mão
“Eu não queria escolher só uma coisa, porque não tenho nem uma canção nem um álbum preferido”, vinca Rita Coelho, 30 anos, que se diz swiftie (assim se autointitulam os fãs da cantora) desde que há swifties. Há pouco mais de um mês que está a preparar-se e na terça-feira experimentou pela primeira vez todo o conjunto que homenageia os 11 álbuns. Há dragões roxos como brincos, serpentes nas sapatilhas, um véu, óculos de sol e mil outros pormenores. “É completamente aleatório, não tem nada a ver com nada, mas azar.”
Ao contrário de Laura, Rita pouco se importou se gozavam ou não com ela. Foi a música “Crazier” no filme do então sucesso do Disney Channel "Hannah Montana" que lhe mostrou Taylor. Era 2009 e Rita tinha acabado de fazer 15 anos. “Lembro-me perfeitamente de estar a ver o filme e de a música começar e eu ficar tipo 'uau', adoro e não sei quem é esta pessoa. Ainda por cima era uma música country, que não tinha nada que ver com o que ouvia na altura.”
Começou a pesquisar, encontrou o nome e nunca mais desligou do mundo de Taylor. Chegou a ter bilhete para o concerto no NOS Alive, em 2020, que acabou desmarcado por causa da pandemia. Agora, há uma nova oportunidade.
“Isto parece tolo, mas eu até tenho medo que aconteça alguma coisa e não haja concerto. Estou muito entusiasmada, o ambiente vai ser uma coisa muito bonita de se viver porque sinto que temos todos mais ou menos a mesma forma de ver a vida”, comenta.
Rita vai aos dois concertos.
NADA É ACIDENTAL
Taylor Swift quebra recordes, arrasta multidões e pode até influenciar os resultados das presidenciais norte-americanas, caso apoie Joe Biden. Lidera no streaming, ocupa o topo das tabelas musicais, raramente participa em campanhas publicitárias e trabalha quase exclusivamente com uma marca: ela própria.

As palhetas com o rosto de Taylor foram oferecidas a Laura pelos pais
As palhetas com o rosto de Taylor foram oferecidas a Laura pelos pais
“É um excelente exemplo para ensinar como se constrói uma marca, como usar as redes sociais de forma eficiente para comunicar com o público alvo e como construir a confiança de uma marca”, diz ao Expresso Alyse Lancaster, vice-diretora dos Assuntos Académicos da Faculdade de Comunicação da Universidade de Miami, onde este verão começa a ser lecionado um curso focado em Taylor Swift. A ideia surgiu-lhe numa manhã quando corria e ouvia uma playlist preparada pela filha, após comprarem bilhetes para a “Eras Tour”. “Ela sabe como manter o público interessado, curioso e entusiasmado com o que vai fazer a seguir.”
What if I told you I'm a mastermind?
And now you're mine
It was all by design
'Cause I'm a mastermind
(...)
No one wanted to play with me as a little kid
So I've been scheming like a criminal ever since
To make them love me and make it seem effortless
This this the first time I've felt the need to confess
And I swear
I'm only cryptic and Machiavellian 'cause I care
"Mastermind", 2023
É aqui que entram os easter eggs, pequenas pistas e dicas que a artista vai deixando seja em músicas, videoclipes, letras, entrevistas ou fotografias. Qualquer momento pode ser um potencial quebra-cabeças.
Nada é feito por acidente, continua Alyse Lancaster. “Toda e qualquer decisão é deliberada e planeada. Está sempre vários passos à frente de toda a gente, a pensar semanas, meses e até anos antes de as coisas acontecerem. Está constantemente a aguçar a curiosidade dos fãs.”
Bruno de Azevedo, de 29 anos, é um deles. Vibra com as teorias e até as cria. É do Porto e trabalha em comunicação empresarial. “Acho que a Taylor gosta desta brincadeira e gosta de a alimentar. Os fãs nas redes sociais são impecáveis a espalharem aquelas teorias sobre quando e o que ela vai fazer. Analisam tudo. Eu sigo isso, até criei algumas dessas teorias”, diz.
É precisamente nesta devoção, empenho e intensidade dos fãs que Alyse Lancaster acredita estar parte da explicação do fenómeno. “Construiu toda a sua carreira a cultivar esta comunidade, gosta realmente deles e nunca hesita em demonstrar esse agradecimento publicamente”, sublinha. “A razão para tanto amor dos fãs é porque se importa verdadeiramente com eles e reconhece que são a razão do seu sucesso. É inquestionável que é uma cantora, artista e compositora extremamente talentosa, mas só isso não chega para alguém ser a superestrela em que Taylor Swift se tornou.”
Will you take a moment?
Promise me this
That you'll stand by me forever
But if, God forbid, fate should step in
And force us into a goodbye
If you have children someday
When they point to the pictures
Please tell them my name
Tell them how the crowds went wild
Tell them how I hope they shine
"Long Live", 2010, é um dos poemas assumidamente dedicado aos fãs
A dimensão a que Taylor chegou trouxe consequências: perdeu-se parte da proximidade. Os encontros pessoais com os fãs tornaram-se bem mais raros, as janelas para a sua vida mais privada, que costumava abrir, passaram a estar mais tempo fechadas — exceção apenas para breves momentos, como quem entreabre as portadas para só deixar o ar circular pela casa.
“Não sinto que esteja tão envolvida connosco. Percebo o motivo, porque chegou ao ponto em que é impossível. Quando a vi em Londres, até conheci o pai dela, havia muito mais proximidade”, diz Pedro Reis. Tem 29 anos e trabalha em comunicação, e há uns anos comprou o bilhete e viajou sozinho para assistir a um dos espetáculos da “Reputation Tour”.
LETRAS PARA CADA MOMENTO
Por vezes, quando Helena Cordeiro não consegue dormir, clica no play para encontrar conforto na música. “As canções dela acompanham-me sempre, quando estou triste ou feliz. Quando não sei o que ouvir, escolho-a sempre.” Tem 15 anos. “Há uma música da Taylor para cada momento e, de alguma maneira, consigo sempre relacionar-me.” É a amiga que aparece no momento certo com as palavras necessárias. “Só não a conheço.”
O quarto de Helena está dividido ao meio: uma parte dela, outra da irmã mais nova. A parede e meia que lhe serve de tela em branco está coberta por posters ou capas roubadas de revistas e jornais. Na mesa de cabeceira, no topo da pilha de livros, um diário com Tayor Swift na capa. Faz parte de um dos milhares de objetos de merchandising da artista.
“Tem passagens dos diários pessoais dela”, explica Helena enquanto folheia o caderno em tons de algodão doce. “Tem umas páginas, supostamente para eu escrever mas não o faço porque não quero estragar.” Tem uma passagem preferida: “É a do dia dos meus anos, cinco anos antes de eu nascer.” Era 2005 e Taylor escrevia sobre as dificuldades em misturar-se com os outros na escola, como se sentia diferente.
“Não a vejo só como uma cantora, é muito mais que isso. Vejo uma pessoa que, por um lado, sinto que é amiga e que, quando parece que não tenho ninguém, sei que a Taylor vai estar lá mesmo não a conhecendo. Sinto um conforto na música e na arte dela e mesmo nela como pessoa”, explica Helena. “Acho que há uma música da Taylor para cada momento da vida: alguma maneira, consigo sempre relacionar um momento da minha vida pessoal a uma música da Taylor, seja momentos sobre amigos, sobre a escola, sobre qualquer coisa, há sempre uma música da Taylor que me faz sentir que alguém me compreende.”
I just wanted you to know
That this is me trying
I just wanted you to know
That this is me trying
“This is me trying”, 2020, foi uma das canções em que a jovem encontrou conforto

Helena foi aprender guitarra por causa de Taylor, que é o rosto mais vezes repetido nas paredes do seu lado do quarto
Helena foi aprender guitarra por causa de Taylor, que é o rosto mais vezes repetido nas paredes do seu lado do quarto

O seu lado do quarto está forrado com posters: desde da capa de revista como a "Time" ou o "Expresso", a fotografias gigantes da "Hola"
O seu lado do quarto está forrado com posters: desde da capa de revista como a "Time" ou o "Expresso", a fotografias gigantes da "Hola"

Este diário é um dos vários objetos de merchandising da cantora que comprou
Este diário é um dos vários objetos de merchandising da cantora que comprou
É na escrita e na capacidade narrativa que os fãs identificam as diferenças para outras estrelas pop. “A forma como ela escreve é digna de ser estudada. Não quero estar a exagerar, até porque não sou imparcial, mas está ao nível de grandes escritores e poetas. Há uma componente muito forte na letra. Foi isso que me agarrou e continua a agarrar”, diz Bruno de Azevedo, de 29 anos. “Sinto que ajuda as pessoas a sentirem-se mais compreendidas. Por vezes, eu nem sei o que estou a sentir e estou a ouvi-la e penso ‘é mesmo isto’”, acrescenta ainda Rita Coelho.
Para Laura Limede há ainda mais um mérito: “Deixou de haver vergonha de mulheres falarem sobre ser mulher. Os nossos gostos e interesses já não são alvo de troça. Em Taylor há uma celebração dessa feminilidade, de mulheres gostarem umas das outras e ajudarem-se.”
“O MEU DIA”
“Folklore”, diz logo Mariana Correia assim que lhe pedimos a sua ‘era’ favorita. É um dos álbuns mais recentes, mais maduros e menos pop de Taylor. Do alto dos seus 12 anos, dá uma resposta mais consciente do que a esperada: “Sei que não é para a minha idade e não me identifico nem nada, mas gosto da música e faz-me sentir bem.” Anda em contagem decrescente há semanas. “Faltam oito dias para o meu dia”, afirma. Tem umas 30 pulseiras da amizade já feitas. “São poucas, mas vou fazer mais”, apressa-se a explicar.

Mariana já tem 30 pulseiras da amizade feitas, mas quer fazer ainda mais até ao concerto
Mariana já tem 30 pulseiras da amizade feitas, mas quer fazer ainda mais até ao concerto

Inspirou-se em "Midinights" para o conjunto que vai vestir no concerto. A mãe também alinhou na brincadeira e vai como "Daylight", uma outra música de Swift
Inspirou-se em "Midinights" para o conjunto que vai vestir no concerto. A mãe também alinhou na brincadeira e vai como "Daylight", uma outra música de Swift

'Cause there were pages turned with the bridges burned
Everything you lose is a step you take
So make the friendship bracelets
Take the moment and taste it
You've got no reason to be afraid
You're on your own, kid
Yeah, you can face this
You're on your own, kid
You always have been
“You’re on Your Own, Kid ”, 2022
Foi um verso numa canção que desencadeou a produção em massa de pulseiras da amizade, que não são mais do que fios de missangas com nomes de músicas, álbuns ou versos. E, claro, tudo coordenado no respetivo esquema de cores da era em causa.
Também Helena já conta mais de 150. “Faltam-me 20 para aquilo que quero fazer.” Tem bilhete só para o segundo concerto, mas ainda acredita que vai arranjar entrada para o primeiro. Se isso não acontecer, já tem um plano traçado. “Vou para a zona do estádio acompanhar do lado de fora.” Aliás, tem roupas feitas por si prontas para dois dias.
Mariana convenceu a mãe a vestir-se a preceito para o concerto. Rita tem medo de como vai reagir. Medo de estar tão eufórica e não ser capaz de sentir cada um daqueles 12.600 segundos. Helena vai correr para a fila da frente com as amigas para estar o mais perto possível do palco. O mesmo vão fazer Laura, Pedro e Bruno, amigos por causa desta paixão comum, que vão ver o concerto no primeiro dia, voltam a casa para tomar um banho e dormir um par de horas e, no segundo concerto, estarem outra vez a cantar noite dentro.
Mais do que tudo, esta é uma “Love Story”.





OS NÚMEROS DA ERAS TOUR
COMEÇOU EM

TERMINA EM

(PODEM SER ANUNCIADAS NOVAS DATAS)

CONCERTOS MARCADOS

DE ESPETÁCULO

MAIS DE

CANÇÕES
RECORDE DE

PESSOAS NUM SÓ CONCERTO EM

BILHETEIRA MAIS RENTÁVEL DE SEMPRE
LUCROS SUPERIORES A

DE DÓLARES
(DADOS SÓ ATÉ MEIO DA TOUR)
IMPACTO ECONÓMICO

MILHÕES DE DÓLARES
Taylor de A a Z

ÁLBUNS
Tem 11 álbuns lançados. Ei-los: “Taylor Swift” (2006), Fearless (2008), Speak Now (2010), Red (2012), 1989 (2014), Reputation (2017), Lover (2019), Folklore (2020), “Evermore” (2020), “Midnights” (2022) e “The Tortures Poets Department” (2024). O segundo, terceiro, quarto e quinto foram regravados mais recentemente (ver T).

ERAS
Com o fim da pandemia, Taylor lançara cinco novos álbuns com os quais nunca tinha ido para a estrada. Afinal, todos os seus trabalhos foram incluídos na nova tour e cada um corresponde a uma “era”, com linguagem e estética própria. Assim nasceu a “Eras Tour”.

INDIE FOLK
Foi no confinamento que Taylor começou a explorar este estilo: “Folklore” e “Evermore” são “as irmãs” que fogem aos grandes hits pop.

MASTERMIND
Taylor planeia tudo e deixa pistas para os fãs descobrirem (a própria admite fazê-lo). Por exemplo, ao anunciar o último álbum, mostrou a mão com dois dedos levantados. Começaram a especulações que seriam dois discos. Adivinhe: estavam certos.

QUEBRAR RECORDES
É a artista feminina com mais recordes do “Guinness” (69), incluindo maior receita de bilheteira em concertos e o maior números de álbuns na “Billboard 200”.

UKULELE
É um dos instrumentos tocados, assim como o piano, a guitarra e o banjo.

YOU NEED TO CALM DOWN
A canção é um dos exemplos mais óbvios de ativismo. Não só a letra é muito explícita (“’cause shade never made anybody less gay’”) como o vídeo inclui um show de drag queens.

BEYONCÉ
Um incidente em 2009 (ver K) fez com que Beyoncé chamasse Taylor ao palco para lhe dar o seu momento de discurso. Desde então, foram vistas juntas várias vezes e, em 2023, quando lançaram os filmes-concertos das digressões, Queen B foi à estreia de Taylor e vice-versa.

FEMINISMO
“Mostrou a milhões de jovens mulheres que as suas realidades merecem ser escritas, cantadas e ouvidas na rádio”, escreve a revista “Billboard”. ‘The Man’ é uma das canções em que o tema é mais obviamente tratado.

JATOS
O uso de jatos privados é uma das maiores críticas, sendo considerada a “celebridade mais poluidora”. Em três meses fez 12 viagens e emitiu 38 toneladas de dióxido de carbono, um rasto ambiental total que um comum emoraria 29,4 anos a deixar.

NFL
Travis Kelce, jogador de futebol americano, namora a cantora há alguns meses. Ele é presença assídua nos concertos, ela na bancada do estádio.

REJEIÇÃO
Após a polémica com Kanye West, a cantora foi muito atacada e criticada e afastou-se do palco mediático por alguns meses. #TaylorSwiftIsOverParty liderou nas redes sociais.

VIDEOGRAFIA
Escreveu e realizou vários dos seus videoclipes nos últimos anos. O mais recente é “Fortnight”. Mas é pela curta “All Too Well” que é mais elogiada (8,4 no IMDB).

ZAYN
O ex-One Direction é uma das vozes a que já se associou, assim como Kendrick Lamar, The National, Lana Del Rey, Bon Iver, Ed Sheeran, Phoebe Bridgers e, recentemente, Post Malone.

COUNTRY
É com a mãe que Taylor vai até Nashville, aos 11 anos, entregar gravações a editoras discográficas. Foi rejeitada mas, anos mais tarde, haveria de regressar àquela que é considerada a meca da música country para os primeiros passos na música.

GRAMMYS
É a artista que mais vezes recebeu o prémio de “álbum do ano”, quatro vezes. No total tem 14 Grammys.

KANYE WEST
Kanye invadiu o palco quando Taylor recebia um prémio (2009). Tirou-lhe o microfone e disse: “Devia ser da Beyoncé”. O episódio foi escrutinado e houve pedido de desculpa. Já a questão parecia sanada e Kanye lançou uma canção que ofende Taylor (2016). Ele diz que pediu autorização; ela que nunca ouviu a música. Foi o início da queda da cantora (ver letra R). Meses mais tarde, foi provado que Taylor tinha razão.

ONLINE
“Taylor Nation” é um grupo oficial de fãs que partilha detalhes sobre a cantora. Além disso, é online que se alimentam as teorias sobre os próximos passos de Taylor.

SWIFTIES
É assim que são apelidados os seus fãs.

WEST READING
Nasceu a 13 de dezembro de 1989, nesta cidade do estado da Pensilvânia. Tem um irmão mais novo, o pai é consultor financeiro (vindo de uma família de presidentes de bancos) e a mãe dona de casa, que deixou a carreira no marketing para acompanhar os filhos. Só durante a adolescência de Taylor, os Swift se mudam para os Tennessee.

DEMOCRATA
Só em 2018, pela primeira vez, anunciou o apoio aos candidatos democratas nas midterm, que definem a composição da Câmara dos Representantes. Nas presidenciais deste ano, Taylor ainda não se pronunciou, mas os analistas acreditam que, se apoiar Joe Biden, pode ditar a vitória democrata.

HOTELARIA
Chamam o “Swift Lift” e é o efeito provocado pela passagem da tour nas economias locais: nos EUA os gastos em restauração e alojamento tiveram aumentos de 68% e 47%, respetivamente.

LETRA
A escrita e a capacidade de contar histórias, pessoais e de terceiros, são o que mais a destaca.

PULSEIRAS DA AMIZADE
“So make the friendship bracelets”: este é o verso que fez nascer a loucura das pulseiras. A ideia é cada fã fazê-las com missangas, escolher uma canção ou um álbum, levá-las para o concerto e trocá-las com outras pessoas.

(TAYLOR’S VERSION)
Então com seis álbuns lançados e, após perder a disputa judicial com a sua anterior editora devido a um conflito sobre os direitos do reportório de Swift, a cantora tem vindo a regravar estes discos. Ao nome de cada um deles acrescentou (Taylor’s Version), e todos atingiram o topo das tabelas e têm mais streams do que os originais.

X (A REDE SOCIAL)
Seja no antigo Twitter ou no Instagram, Taylor segue um total de zero pessoas nas suas redes sociais.
Taylor de A a Z

ÁLBUNS
Tem 11 álbuns lançados. Ei-los: “Taylor Swift” (2006), Fearless (2008), Speak Now (2010), Red (2012), 1989 (2014), Reputation (2017), Lover (2019), Folklore (2020), “Evermore” (2020), “Midnights” (2022) e “The Tortures Poets Department” (2024). O segundo, terceiro, quarto e quinto foram regravados mais recentemente (ver T).

BEYONCÉ
Um incidente em 2009 (ver K) fez com que Beyoncé chamasse Taylor ao palco para lhe dar o seu momento de discurso. Desde então, foram vistas juntas várias vezes e, em 2023, quando lançaram os filmes-concertos das digressões, Queen B foi à estreia de Taylor e vice-versa.

COUNTRY
É com a mãe que Taylor vai até Nashville, aos 11 anos, entregar gravações a editoras discográficas. Foi rejeitada mas, anos mais tarde, haveria de regressar àquela que é considerada a meca da música country para os primeiros passos na música.

DEMOCRATA
Só em 2018, pela primeira vez, anunciou o apoio aos candidatos democratas nas midterm, que definem a composição da Câmara dos Representantes. Nas presidenciais deste ano, Taylor ainda não se pronunciou, mas os analistas acreditam que, se apoiar Joe Biden, pode ditar a vitória democrata.

ERAS
Com o fim da pandemia, Taylor lançara cinco novos álbuns com os quais nunca tinha ido para a estrada. Afinal, todos os seus trabalhos foram incluídos na nova tour e cada um corresponde a uma “era”, com linguagem e estética própria. Assim nasceu a “Eras Tour”.

FEMINISMO
“Mostrou a milhões de jovens mulheres que as suas realidades merecem ser escritas, cantadas e ouvidas na rádio”, escreve a revista “Billboard”. ‘The Man’ é uma das canções em que o tema é mais obviamente tratado.

GRAMMYS
É a artista que mais vezes recebeu o prémio de “álbum do ano”, quatro vezes. No total tem 14 Grammys.

HOTELARIA
Chamam o “Swift Lift” e é o efeito provocado pela passagem da tour nas economias locais: nos EUA os gastos em restauração e alojamento tiveram aumentos de 68% e 47%, respetivamente.

INDIE FOLK
Foi no confinamento que Taylor começou a explorar este estilo: “Folklore” e “Evermore” são “as irmãs” que fogem aos grandes hits pop.

JATOS
O uso de jatos privados é uma das maiores críticas, sendo considerada a “celebridade mais poluidora”. Em três meses fez 12 viagens e emitiu 38 toneladas de dióxido de carbono, um rasto ambiental total que um comum emoraria 29,4 anos a deixar.

KANYE WEST
Kanye invadiu o palco quando Taylor recebia um prémio (2009). Tirou-lhe o microfone e disse: “Devia ser da Beyoncé”. O episódio foi escrutinado e houve pedido de desculpa. Já a questão parecia sanada e Kanye lançou uma canção que ofende Taylor (2016). Ele diz que pediu autorização; ela que nunca ouviu a música. Foi o início da queda da cantora (ver letra R). Meses mais tarde, foi provado que Taylor tinha razão.

LETRA
A escrita e a capacidade de contar histórias, pessoais e de terceiros, são o que mais a destaca.

MASTERMIND
Taylor planeia tudo e deixa pistas para os fãs descobrirem (a própria admite fazê-lo). Por exemplo, ao anunciar o último álbum, mostrou a mão com dois dedos levantados. Começaram a especulações que seriam dois discos. Adivinhe: estavam certos.

NFL
Travis Kelce, jogador de futebol americano, namora a cantora há alguns meses. Ele é presença assídua nos concertos, ela na bancada do estádio.

ONLINE
“Taylor Nation” é um grupo oficial de fãs que partilha detalhes sobre a cantora. Além disso, é online que se alimentam as teorias sobre os próximos passos de Taylor.

PULSEIRAS DA AMIZADE
“So make the friendship bracelets”: este é o verso que fez nascer a loucura das pulseiras. A ideia é cada fã fazê-las com missangas, escolher uma canção ou um álbum, levá-las para o concerto e trocá-las com outras pessoas.

QUEBRAR RECORDES
É a artista feminina com mais recordes do “Guinness” (69), incluindo maior receita de bilheteira em concertos e o maior números de álbuns na “Billboard 200”.

REJEIÇÃO
Após a polémica com Kanye West, a cantora foi muito atacada e criticada e afastou-se do palco mediático por alguns meses. #TaylorSwiftIsOverParty liderou nas redes sociais.

SWIFTIES
É assim que são apelidados os seus fãs.

(TAYLOR’S VERSION)
Então com seis álbuns lançados e, após perder a disputa judicial com a sua anterior editora devido a um conflito sobre os direitos do reportório de Swift, a cantora tem vindo a regravar estes discos. Ao nome de cada um deles acrescentou (Taylor’s Version), e todos atingiram o topo das tabelas e têm mais streams do que os originais.

UKULELE
É um dos instrumentos tocados, assim como o piano, a guitarra e o banjo.

VIDEOGRAFIA
Escreveu e realizou vários dos seus videoclipes nos últimos anos. O mais recente é “Fortnight”. Mas é pela curta “All Too Well” que é mais elogiada (8,4 no IMDB).

WEST READING
Nasceu a 13 de dezembro de 1989, nesta cidade do estado da Pensilvânia. Tem um irmão mais novo, o pai é consultor financeiro (vindo de uma família de presidentes de bancos) e a mãe dona de casa, que deixou a carreira no marketing para acompanhar os filhos. Só durante a adolescência de Taylor, os Swift se mudam para os Tennessee.

X (A REDE SOCIAL)
Seja no antigo Twitter ou no Instagram, Taylor segue um total de zero pessoas nas suas redes sociais.

YOU NEED TO CALM DOWN
A canção é um dos exemplos mais óbvios de ativismo. Não só a letra é muito explícita (“’cause shade never made anybody less gay’”) como o vídeo inclui um show de drag queens.

ZAYN
O ex-One Direction é uma das vozes a que já se associou, assim como Kendrick Lamar, The National, Lana Del Rey, Bon Iver, Ed Sheeran, Phoebe Bridgers e, recentemente, Post Malone.
Créditos
Texto Marta Gonçalves
Fotografias Matilde Fieschi
Vídeo Rúben Tiago Pereira
Webdesign Tiago Pereira Santos
Capa Mónica Damas
Webdevelopment João Melancia
Coordenação Joana Beleza e Rita Ferreira
Direção João Vieira Pereira
Expresso 2024
