Incêndios na Califórnia
Os números, os gráficos e as imagens que ajudam a contar a tragédia

Há duas semanas deflagrou o primeiro de vários fogos florestais na zona de Los Angeles, nos EUA. São agora dos incêndios mais destrutivos de que há memória na região. Mataram pelo menos 25 pessoas, dezenas continuam desaparecidas, milhares foram retiradas de casa sem saber se terão para onde regressar. Estes são os números de um desastre que ainda não tem causa conhecida, mas tem vítimas.
O alerta para o primeiro foco de incêndio foi dado no dia 7 de janeiro de 2025. Treze dias depois a Califórnia continua a arder
janeiro de 2025

Ventos de 64,3 km/h
Rajadas de 104,6 km/h nas montanhas
Há oito meses que não há chuva significativa na zona de Los Angeles
Ventos de 64,3 km/h
Rajadas de 104,6 km/h nas montanhas
Há oito meses que não há chuva significativa na zona de Los Angeles


27
mortes
entre os 32 e os 95 anos

31
pessoas continuam desaparecidas
Vista aérea de uma zona residencial
à beira da praia em Palisades

O rasto de destruição que o fogo deixou. Mais de uma semana após o começo, os bombeiros só conseguiram controlar 22% do incêndio

Só em Palisades arderam cerca de 100km2,
uma área semalhante à de Lisboa

Vista aérea de uma zona residencial à beira da praia em Palisades

O rasto de destruição que o fogo deixou. Mais de uma semana após o começo, os bombeiros só conseguiram controlar 22% do incêndio

Só em Palisades arderam cerca de 100km2, uma área semalhante à cidade de Lisboa

14.362
infraestruturas destruídas
1400
veículos
14.000
bombeiros da Califórnia e de oito outros estados dos EUA, com o apoio do Canadá e México
84
meios aéreos
14.362
infraestruturas destruídas
14.000
bombeiros da Califórnia e de oito outros estados dos EUA, com o apoio do Canadá e México
1400
veículos
84
meios aéreos
O auditório da Eliot Arts Magnet, em Altadena, ficou reduzido a cinzas. Com mais de 100 anos de história, a escola tinha sofrido obras de expansão há pouco tempo

O auditório da Eliot Arts Magnet, em Altadena, ficou reduzido a cinzas. Com mais de 100 anos de história, a escola tinha sofrido obras de expansão há pouco tempo


Entre as milhares de pessoas que perderam as suas casas estão atores, desportistas, empresários, comediantes e apresentadores bem conhecidos do público

Crónica
"Eu vivo em Los Angeles e estou habituada ao fogo: nada me preparou para este céu que cospe chamas e cinza e para o cheiro acre perto de mim"
"À porta do abrigo de Woodland Hills, um bairro do vale de São Fernando a nordeste de Hollywood, uma cabra pigmeu chamada Coco deita-se numa cama improvisada no chão, com uma coleira presa ao carro. A uns metros de distância, a dona Roya Lavasani olha para o telemóvel, com uma expressão vaga e perplexa, cabelo desalinhado e ombros caídos. Mostra-me vídeos da sua casa em Malibu, que ardeu completamente no grande incêndio de Pacific Palisades. A filha adolescente, Rezvon, está de pijama.
Fugiram com o que tinham no corpo quando os bombeiros andaram de casa em casa a mandar as pessoas sair, porque estava tudo perdido. O incêndio que atingiu a zona costeira de Los Angeles era uma besta indomável para os bombeiros, que se concentraram em salvar o máximo de vidas possível. A família perdeu tudo e está a dormir no carro, porque o abrigo não permite que a cabra pernoite com os humanos."
Esta é parte da crónica, assinada pela jornalista Ana Luísa Guerra, que vive Los Angeles com a sua família e está habituada ao fogo mas nada a preparou para o céu que cospe chamas e cinza ou para o cheiro acre em seu redor. Esta é parte da sua história mas também é a de uma comunidade de homens e mulheres a quem chamam angelenos, resilientes e habituados a fogos e terramotos, mas que em nenhum momento das suas vidas tiveram de enfrentar uma catástrofe assim. Pode ler AQUI.
Créditos
Infografia Carlos Paes e Sofia Miguel Rosa
Webdesign Tiago Pereira Santos
Recolha de dados Marta Gonçalves
Web development João Melancia
Fontes Associated Press , The Department of Forestry and Fire Protection of Califórnia e The National Weather Service
Coordenação Marta Gonçalves, Pedro Candeias e Joana Beleza
Direção João Vieira Pereira
Expresso 2025
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