Portugal à lupa
Concelho a concelho: o país em oito mapas

Portugal à lupa
Concelho a concelho: o país em oito mapas

Da natalidade à mortalidade ou à imigração, passando pelos preços da habitação ou os níveis de rendimento, Portugal é um país de contrastes e de desigualdades. Em vésperas de eleições autárquicas, as diferenças entre interior e litoral ou entre norte, centro e sul não chegam para retratar o que distingue os 308 municípios do país
OUTUBRO DE 2025
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NATALIDADE |
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Nasceram 84.642 bebés em todo o país em 2024. Tendo em conta a população total a residir em Portugal, são 7,9 nascimentos por cada mil habitantes, o valor mais baixo da última década, com exceção do ano atípico de 2021, muito afetado pela pandemia. A diminuição deste indicador – a chamada taxa bruta de natalidade – deve-se também ao aumento do número total de habitantes do país neste período e não apenas a uma redução da natalidade em 2024.
Comparando os vários concelhos do país, veem-se grandes disparidades territoriais, num claro contraste entre interior e litoral. A taxa oscila entre 2,2 nascimentos por mil habitantes em Carrazeda de Ansiães (distrito de Bragança); e 11,8 no concelho da Amadora (Lisboa).
TAXA BRUTA DE NATALIDADE
NÚMERO DE NASCIMENTOS POR MIL HABITANTES, EM 2024
MADEIRA
AÇORES
Há 60 concelhos no país onde o número de nascimentos por mil habitantes supera a média nacional: metade desses municípios localizam-se nos distritos de Lisboa, Faro e Setúbal, embora Santarém e Beja também tenham destaque.
Além do concelho da Amadora, também Odivelas, Entroncamento, Loures, Sintra, Moita e Seixal superam uma taxa bruta de natalidade de 11 nascimentos por mil habitantes. No extremo oposto estão municípios nos distritos de Bragança, Guarda, Vila Real e Viseu. Há sete locais onde a taxa é menos de metade da média nacional: Carrazeda de Ansiães, Pinhel, Corvo, Alcoutim, Alfândega da Fé, Sabugal e Penedono.
Em Portugal, os nascimentos caíram para menos de metade em 60 anos e o necessário para a substituição de gerações (2,1 filhos por mulher) deixou de ser garantido em 1982. Atualmente, esse índice de fecundidade é de 1,4 filhos por mulher. Com a maternidade a ser cada vez mais tardia, o nascimento do primeiro filho fica mais próximo do limite biológico da fertilidade da mulher, o que reduz a probabilidade de se ter mais do que um filho, explicam os demógrafos.
A quebra de nascimentos faz diminuir o número de jovens, o que, associado ao aumento da esperança de vida, agrava o envelhecimento da população, trazendo grandes desafios ao país. Em 2024, existiam 192 idosos por cada 100 jovens em Portugal.
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IMIGRAÇÃO |
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No final de 2024, havia 1.546.521 cidadãos estrangeiros a residir legalmente em Portugal, segundo os dados publicados em abril deste ano pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). São quase quatro vezes mais do que em 2017 e representam cerca de 14% do total de residentes no país. Contudo, os dados mais recentes sobre população estrangeira desagregados por concelho são apenas de 2023, publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Nesse ano, os cidadãos estrangeiros correspondiam a 10% do total de residentes, com uma presença muito mais acentuada no sul do país, na Grande Lisboa e na região Centro. A percentagem oscila entre os 44% de estrangeiros em Vila do Bispo (distrito de Faro) e menos de 1% num total de seis municípios do país, localizados sobretudo no norte do país.
POPULAÇÃO ESTRANGEIRA
EM PERCENTAGEM DO TOTAL DE RESIDENTES POR CONCELHO, EM 2023
MADEIRA
AÇORES
Contam-se 14 concelhos no país onde a percentagem de estrangeiros é o dobro da média nacional e quase todos estão nos distritos de Lisboa e de Faro. Em quatro – Vila do Bispo, Odemira, Albufeira e Lagos –, o peso da população de outras nacionalidades chega a ser quatro vezes superior à média. Os dados de 2023 mostram uma maior concentração da imigração numa parte do país, uma vez que em 184 dos 308 concelhos a percentagem é igual ou inferior a 5%.
O relatório mais recente da AIMA, que apenas retrata a imigração a nível nacional em 2024, dá conta do impacto do fim das manifestações de interesse (a partir de 3 de junho de 2024) nas entradas em território nacional. Após a extinção deste regime verificou-se uma redução de 59% do fluxo de entradas de cidadãos estrangeiros em Portugal.
Segundo os dados do da Segurança Social, em 2024, a população imigrante contribuiu com um recorde de 3,6 mil milhões de euros para a Segurança Social. Já em 2023, de acordo com um relatório do Banco de Portugal, 40% dos trabalhadores da agricultura eram estrangeiros. No alojamento e restauração, representavam 30% da mão de obra e na construção chegavam aos 23%. Segundo o INE, sem migrações, o país poderá ter apenas 5,9 milhões de habitantes em 2100.
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SAÚDE |
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Portugal tem uma das populações mais envelhecidas do mundo, o que afeta os padrões de mortalidade, particularmente quando comparamos municípios, dada as grandes disparidades demográficas que existem no território. Uma solução para evitar que a diferença entre as estruturas etárias distorça as comparações entre municípios é ajustar o indicador e calcular a ‘taxa de mortalidade padronizada’, que mostra que nível de mortalidade seria esperado se a população dos vários municípios tivesse exatamente a mesma estrutura de idades. Só assim se torna válido comparar os fatores reais de saúde entre os vários concelhos, sem estar influenciado pelas suas características demográficas.
Em 2024, independentemente da causa, morreram 118.325 pessoas em território nacional, sensivelmente o mesmo do ano anterior. Em média, entre 2022 e 2024, o número de óbitos anual foi de 120.327. A taxa de mortalidade padronizada nesse triénio foi de 11,31 mortes por mil habitantes em Portugal, oscilando entre 21,9 em Barrancos (distrito de Beja) e 9,1 em Mogadouro (Bragança).
TAXA DE MORTALIDADE PADRONIZADA
POR MIL HABITANTES, EM 2022-24
MADEIRA
AÇORES
A região autónoma dos Açores e os distritos de Beja e Portalegre concentram mais de metade dos 62 municípios com uma taxa acima da média nacional. Os quatro que ocupam o topo (Barrancos, Santa Cruz das Flores, Vidigueira e Alvito) registaram quase o dobro da média nacional. Pelo contrário, é nos distritos de Braga, Aveiro e Bragança que está a maioria dos 12 concelhos com mortalidade mais baixa (inferior a 10 óbitos por 1000 habitantes). Além de Mogadouro, também Braga, São João da Madeira ou Miranda do Douro ocupam esses lugares. Oeiras (Lisboa) e Felgueiras (Porto) também estão entre os 12.
A mortalidade é um importante indicador de saúde pública, com a capacidade de retratar a situação de saúde da população em cada local, o impacto da prevenção e da prestação de cuidados, além de poder dar informação sobre as condições de vida de cada município. E há desigualdades geográficas já estudadas. Por exemplo, o Plano Nacional de Saúde 2021-2030, da Direção-Geral da Saúde (DGS), cita estudos que apontam para uma associação entre o nível de privação e a taxa de mortalidade, na medida em que quanto maior é a privação, maior a mortalidade.
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EDUCAÇÃO |
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Só um quarto da população empregada (25,8%) tinha um curso superior em 2023, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Ainda assim, apesar de não ser uma percentagem elevada, a evolução tem sido positiva: em 2015 a escolaridade ao nível do Ensino Superior só abrangia um em cada cinco trabalhadores por conta de outrem (20,3%).
A dispersão deste indicador a nível territorial é muito significativa, expondo grandes desigualdades geográficas. Com as maiores percentagens de trabalhadores com curso superior estão os concelhos de Oeiras (47,8%) e Lisboa (47,5%), com quase o dobro da média nacional. Mas, no extremo oposto, estão municípios onde a percentagem chega a ser inferior a 6%, como Cinfães (distrito de Viseu), Lajes das Flores (Açores) e Porto Santo (Madeira).
POPULAÇÃO EMPREGADA COM ENSINO SUPERIOR
POR CONTA DE OUTREM, EM PERCENTAGEM, EM 2023
MADEIRA
AÇORES
As regiões autónomas têm os valores mais baixos, embora também haja municípios no distrito do Porto, como Lousada, Felgueiras e Marco de Canaveses, com menos de 10% de trabalhadores com ensino superior, além de outros como Sobral de Monte Agraço (Lisboa), Vizela e Vieira do Minho (Braga) ou Barrancos, Odemira e Almodôvar (Beja).
O nível de qualificações em Portugal deu um grande salto nas últimas décadas, com as gerações mais novas a serem mais qualificadas, o que faz com que o retrato estatístico varie bastante consoante o grupo etário analisado. Entre a população residente mais jovem, dos 30 aos 34 anos, quase 42% tinham um curso superior em 2024 (eram 32% há uma década). A percentagem desce para 31% entre os 25 e os 64 anos - ainda assim acima dos 22% em 2014.
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HABITAÇÃO |
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Depois de uma quebra forte por alturas da crise financeira, o preço das casas (quase) não parou de subir desde meados da década passada. A crescente popularidade do país nos mercados turísticos, aliada à vinda de imigrantes endinheirados (nómadas digitais, pensionistas, refugiados fiscais…), e à consolidação global da habitação como ativo financeiro fizeram com que o preço do metro quadrado disparasse em praticamente todo o país nos últimos anos.
As séries do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que o valor mediano do metro quadrado – e contabilizando apenas os preços das vendas de alojamentos familiares, o que exclui outros tipos de imóveis, como imobiliário comercial – mais do que duplicou entre o 1.º trimestre de 2016 e os primeiros três meses de 2025 a nível nacional.
O valor mediano das habitações familiares era de 1845 euros no 1.º trimestre de 2025 a nível nacional, mas com grandes disparidades geográficas: entre €190 em Figueira de Castelo Rodrigo (distrito da Guarda) e €4412 em Lisboa.
VALOR MEDIANO DAS HABITAÇÕES FAMILIARES
EM EUROS, POR METRO QUADRADO, NO 1.º TRIMESTRE DE 2025
MADEIRA
AÇORES
Nesta lista, o interior aparece pela primeira vez no top 50 com Évora, capital de distrito e cidade universitária: na cidade alentejana Património da Humanidade da UNESCO, a mediana praticamente duplicou entre 2016 e 2025.
Entre os dez concelhos onde é mais dispendioso comprar casa – uma lista encabeçada por Lisboa – contam-se cinco do Algarve, região do país onde os salários são, em média, quase 20% mais baixos face aos da Área Metropolitana de Lisboa.
Já Vimioso, Pampilhosa da Serra, Armamar e Figueira de Castelo Rodrigo reportaram os valores mais baixos nas transações realizadas e são os concelhos do país (para os quais há dados) onde é mais barato comprar alojamento.
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DESEMPREGO |
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Longe vão os tempos da troika em que o desemprego fustigava 16,5% da população ativa. No final do 2.º trimestre deste ano havia mais de 5,2 milhões de pessoas a trabalhar em Portugal, um valor recorde, que tem vindo a crescer sucessivamente nos últimos anos. Com o aumento do dinamismo do mercado de trabalho, em parte devido à população imigrante registada, a taxa de desemprego tem-se mantido igualmente estável, no intervalo entre os 6% e os 6,5% nos últimos meses.
Apesar de produzir informação regular sobre o emprego e o desemprego, o Instituto Nacional de Estatística (INE) não desagrega estes dados por concelho mas há outros indicadores que dão uma ideia aproximada sobre onde ele é mais persistente. É o caso da duração média do subsídio de desemprego, calculada a partir de dados da Segurança Social.
De acordo com os últimos dados disponíveis, referentes a 2022, um desempregado recebia subsídio de desemprego durante 172 dias, em média. São menos 35 dias, cerca de um mês, face à duração do subsídio em 2014. Em termos concelhios, o país divide-se.
DURAÇÃO DO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO
MÉDIA EM DIAS, EM 2022
MADEIRA
AÇORES
Faro era, de longe, o distrito onde os subsídios de desemprego tinham menor duração. Em concelhos como Albufeira, Vila do Bispo, Lagoa, Aljezur, Loulé ou Lagos o tempo médio da prestação social variava entre os 110 e os 130 dias – os algarvios estavam desempregados entre três meses e meio e quatro meses, em média.
No polo oposto estavam os Açores, onde havia concelhos como as Lajes das Flores, Povoação ou o Nordeste com um tempo médio de subsídio de desemprego de 225 dias. Era o equivalente a sete meses e meio, em média.
Apesar de o desemprego se encontrar em níveis historicamente baixos, o desemprego de longa duração em Portugal continua a ser elevado. Em 2024, segundo o Eurostat, 2,4% das pessoas estavam fora do mercado de trabalho há mais de um ano, o que coloca Portugal acima da média comunitária, e no top 5 da União Europeia.
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RENDIMENTOS |
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Os rendimentos são um dos indicadores onde as assimetrias regionais são mais evidentes. Em 2023, o último ano para o qual há dados disponíveis, cada habitante em Portugal declarou ganhar uma média de 11.909 euros. As contas do Instituto Nacional de Estatística (INE) partem das declarações de IRS, pelo que estão aqui incluídos sobretudo pensões e salários (os declarados) que, divididos por 14 meses, apontam para 850 euros por mês.
Estes são valores médios e na esmagadora maioria dos municípios – em 85%, ao todo – o valor é até mais baixo. Entre os 15% que estão acima da média (46, ao todo) há resultados previsíveis, mas outros menos óbvios.
O concelho com mais rendimento per capita declarado no país é Lisboa. Com a maior percentagem de licenciados do país (36,8%, segundo os Censos de 2021), quem cá vivia em 2023 tinha um rendimento médio mensal de 1345 euros (18.822 euros anuais). Em segundo e terceiro lugares aparecem Oeiras e Porto, sem surpresas, mas para o quarto lugar salta Porto Santo, na Madeira, bem acima do Funchal.
Outro indicador curioso é que Sines é o concelho do Alentejo com maior rendimento por habitante, acima de Évora, capital de distrito, uma cidade com mais serviços, e com uma universidade.
RENDIMENTO BRUTO DECLARADO
POR HABITANTE, EM EUROS, EM 2023
MADEIRA
AÇORES
No fundo da escala, o distrito de Viseu concentra os concelhos com rendimentos mais baixos por habitante. Sernancelhe é, de todos, o mais pobre – 6566 euros anuais, 469 euros por mês. Seguem-se Tabuaço, Resende e Cinfães, no mesmo distrito, com valores pouco acima.
Num intervalo de cinco anos, entre 2018 e 2023, o rendimento médio declarado no país deu um salto de 30% (de 9.138 euros para 11.909 euros). As subidas mais pronunciadas ocorreram em concelhos de mais baixo rendimento da ilha da Madeira, com Ponta do Sol (mais 58%), Porto Moniz (54%) e Câmara de Lobos (54%) à cabeça.
Os dados do INE sobre os rendimentos partem das declarações anuais de IRS, o que significa que não contam com o dinheiro que circula na economia informal, e apenas incluem os rendimentos que são sujeitos a englobamento no IRS – sobretudo salários e pensões. Outros rendimentos sujeitos a taxa autónoma não vão a esta declaração.
Os valores médios escondem, contudo, grandes níveis de desigualdade. Sinal disso é o facto de alguns dos concelhos com mais rendimentos serem, ao mesmo tempo, onde há maior risco de pobreza. Segundo dados do DataLabor, será o caso de Lisboa (24,5%), Porto (22,4%) e Oeiras (22,96%), todos com mais pessoas em risco de pobreza que a média nacional, de 19,5%, em 2023.
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FINANÇAS |
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O endividamento dos municípios caiu a pique nos últimos dez anos: as câmaras municipais diminuíram praticamente para metade os montantes devidos a terceiros na última década, valor global que inclui tanto dívida de curto como de longo-prazo. De acordo com o Conselho das Finanças Públicas (CFP), a dívida total dos municípios recuou 43% de 2014 a 2024 e representava, no ano passado, cerca de 38% das receitas totais.
Porém, dez municípios, num universo de 308, ainda estavam em infração da regra da dívida das finanças locais em 2024. Cartaxo, Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta, Fundão, Nordeste, Praia da Vitória, Vila Nova de Poiares, Vila Franca do Campo, Fornos de Algodres e Vila Real de Santo António ainda apresentavam dívidas 1,5 vezes superiores à média das receitas correntes dos três anos anteriores.
RÁCIO DA DÍVIDA
EM PERCENTAGEM DA MÉDIA DAS RECEITAS CORRENTES LÍQUIDAS DOS TRÊS ANOS ANTERIORES, EM 2024
MADEIRA
AÇORES
Os três últimos concelhos, ao superarem os 300% de endividamento, estavam em situação de “ruptura financeira”, na nomenclatura do Regime Financeiro das Autarquias Locais, com rácios de 303%, 347%, e 354%, respetivamente.
Em 2014, ano em que o novo regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais entrou em vigor, com novas regras para controlo e saneamento orçamental dos municípios, a situação era consideravelmente pior: mais de 60 concelhos tinham dívidas acima do novo limite legal e 17 concelhos apresentavam endividamentos acima dos 300%.
Na outra ponta da tabela, com rácios de endividamento de 1% em 2024, estavam, por seu lado, as câmaras de Santana, Castelo de Vide, Calheta de São Jorge e Arronches. Dez anos antes, a câmara menos endividada era a de Penacova, cuja dívida representava apenas 15% das receitas correntes.
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Direção João Vieira Pereira
Expresso 2025