Este é Fernando Salgueiro Maia, o capitão que comanda os militares na revolução. Tem 29 anos.
Rádio Renascença dá o sinal do Golpe às 00h28 com a canção “Grândola, Vila Morena”. Militares ouvem, saem do quartel de Santarém e ocupam o Terreiro do Paço
Início da manhã nas imediações do Terreiro do Paço, símbolo do poder político. Militares têm ordens para evitar derramamento de sangue
Viaturas blindadas espalham-se pela Baixa de Lisboa
A população tenta perceber quem comanda o golpe
Militares vigiam porta do Rádio Clube Português. O primeiro comunicado do MFA é lido nesta estação às 4h30 por Joaquim Furtado
Rua do Quelhas, perto do Parlamento. Militares impedem acesso das forças leais ao Governo aos microfones da Emissora Nacional
O regime dá ordens a estes camiões do Regimento de Infantaria 1 para virem até Lisboa. Soldados desobedecem e juntam-se à Revolução
Tropas leais ao regime na Rua do Arsenal. Por volta das 11h há tiros
Muitas pessoas nas ruas perto do Terreiro do Paço. Querem assistir à Revolução em direto
Junto ao aeroporto de Lisboa, militares barram acessos para impedir a fuga de dirigentes do Estado Novo
De madrugada, os militares ocupam os estúdios da RTP no Lumiar. A emissão a preto e branco só começa às 12h45
Ao início da tarde, rádio e televisão pedem para se ficar em casa. Os menos obedientes vão ver o que se passa na Baixa de Lisboa
A população está contente. Na zona do Chiado, festeja com as autoridades e trepa para cima desta carrinha da polícia
Em Lisboa, muitas mulheres oferecem café e sanduiches aos militares
A edição do meio-dia de “A Capital” está cheia de notícias e fotografias do Golpe Militar
Marcello Caetano, o último Chefe de Governo do Estado Novo, passa o dia no Quartel da GNR no Largo do Carmo. Cá fora vivem-se momentos intensos
Salgueiro Maia, no Largo do Carmo de megafone na mão, apela à rendição de Caetano
Junto à sede da PIDE/DGS vivem-se momentos trágicos. Há cinco mortos no 25 de Abril
Ao final da tarde, os militares fazem o V da Vitória. Os rapazes mais novos já não vão para a Guerra Colonial
Os lisboetas enchem o Rossio para dar as boas-vindas à Liberdade
Seis dias depois festeja-se o primeiro 1º de Maio. Na avenida Rio de Janeiro, à entrada do grande comício, um militar de cravo na espingarda é o símbolo da Revolução