Sofia Miguel Rosa
Jornalista infográfica
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*Valor estimado para 2021
Cálculos Expresso. Foram consideradas as estimativas anuais da população dos países (dados da ONU)
Os dados são do último Relatório Anual do secretário-geral da NATO e referem o número de militares de cada um dos 29 membros da aliança
Em 2010 Portugal era o 4º país com um rácio mais alto de efetivos pela população residente
No topo da tabela, com mais militares por 100 mil habitantes, destacam-se os países onde o serviço militar é obrigatório
São os casos da Grécia, da Lituânia e da Turquia
Os Estados Unidos aparecem, em 2021, na 6ª posição, com 406 militares por 100 mil habitantes — um valor idêntico ao que Portugal tinha em 2010
Os dados são do último Relatório Anual do secretário-geral da NATO e referem o número de militares de cada um dos 29 membros da aliança. No rácio de efetivos pela população residente, calculado pelo Expresso, Portugal aparece como o 8º membro com menor número de militares: são 237 efetivos portugueses por 100 mil habitantes.
Em 2010 Portugal era o 4º país com este indicador mais alto: eram 405,8 militares por 100 mil habitantes, ou seja, há um recuo atual de 42% face a esse pico no rácio português, na análise que parte de 2008.
No fim da tabela de 2021 está o Luxemburgo (126 por 100 mil habitantes), o Canadá (186,8) e a Bélgica (195,1). Com mais militares destacam-se os países onde o serviço militar é obrigatório, são os casos: da Grécia (1057,8), da Lituânia (620,8) e da Turquia (516,3). Os Estados Unidos aparecem na 6ª posição, com 406 militares por 100 mil habitantes — um valor idêntico ao que Portugal tinha em 2010.
Em números absolutos, a NATO conta com 24.100 militares portugueses. As estimativas da NATO de efetivos militares para 2021 são mais baixas do que os números publicados pelo Ministério da Defesa no início de 2022, onde é avançado que "as Forças Armadas Portuguesas contabilizaram um total de 27.741 efetivos, excluindo os militares na situação de reserva fora da efetividade de serviço".
*Sem Portugal (o total dos países europeus tem 1.930.000 efetivos)
Globalmente a NATO estima ter 3.282.000 militares entre os 29 países-membros. Os militares portugueses representam apenas 0,7%. A Europa, incluindo a Turquia, tem o maior peso: 58,8%; Estados Unidos e o Canadá contribuem com 41,2% do total dos militares efetivos.
O gráfico em baixo mostra a evolução dos efetivos tendo como ano-base 2015. Mesmo com o ligeiro aumento de 400 efetivos no último ano, os números portugueses, face a 2015 (base 100), estão significativamente mais baixos, contrariando a tendência global dos membros europeus e dos membros norte-americanos.
Cálculos Expresso
O próximo gráfico mostra a relação entre o peso da despesa com pessoal (eixo horizontal) e o orçamento da Defesa em % do PIB (eixo vertical) em 2021. O peso da despesa militar com pessoal, no total do orçamento da Defesa Nacional, é 64,1%. É a percentagem mais alta de toda a NATO, seguida de Itália (63,8%) e da Bulgária (63,1%).
Nos gastos com pessoal estão incluídas pensões civis e militares
Há 8 países-membros com orçamentos da Defesa acima de 2%. O destaque vai para a Grécia e para os Estados Unidos que gastam 3,6% dos respetivos PIB. Portugal investiu, em 2021, 1,55% e à entrada para a Cimeira da NATO, António Costa comprometeu-se em gastar 1,66% do PIB já para o ano, mas fez depender a meta dos 2% de fundos comunitários que não existem.
Os Estados Unidos têm os maiores gastos per capita na Defesa, são $2187. Na Europa, a maior despesa per capita é suportada pela Noruega ($1353) e também pelo Reino Unido ($1026). Nestes países com maior orçamento, a maior parcela é alocada para despesas em operações militares e para custos de manutenção.