Sofia Miguel Rosa
Jornalista infográfica
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Os números do barómetro recuam a 2016 e dizem respeito a quatro tipos de ameaças (assassínios, sequestros, desaparecimentos e aprisionamentos) resultantes do exercício da função de jornalista
Mais de 70% dos abusos de 2022 são cometidos na Ásia e no Médio Oriente
Os países mais referidos nos sete anos do barómetro são: China, Síria, Egito, Turquia, Vietname, Myanmar, Bielorrússia, México, Arábia Saudita, Irão, Iémen e Iraque
Os dados mais recentes do barómetro dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) indicam que 701 jornalistas são ou foram vítimas de abuso em 2022
Há também países europeus na lista, só na Bielorrússia há 36 jornalistas presos e na Rússia são 15
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, já morreram sete jornalistas, nove foram feitos reféns e dois desapareceram
Os dados mais recentes do barómetro dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) indicam que 701 jornalistas são ou foram vítimas de abuso em 2022. 28 perderam a vida desde o início do ano — o caso mais recente foi o assassínio da repórter da estação televisiva Al-Jazeera, Shireen Abu Akleh —, 48 estão desaparecidos, 77 foram sequestrados e 548 estão presos — 68 dos quais foram detidos em 2022.
Os números do barómetro recuam a 2016 e dizem respeito a quatro tipos de ameaças (assassínios, sequestros, desaparecimentos e aprisionamentos) resultantes do exercício da função de jornalista ou outras funções dos meios de comunicação social, e excluem elementos que possam estar em situação idêntica por razões não associadas à profissão.
Mais de 70% dos abusos de 2022 são cometidos na Ásia e no Médio Oriente, mas há também países europeus na lista: há 36 jornalistas presos na Bielorrússia, na Rússia são 15, na Ucrânia, desde o início da invasão russa, já morreram sete jornalistas, nove foram feitos reféns e dois desapareceram; há ainda um caso de um jornalista desaparecido na Eslováquia.
Os países mais referidos nos sete anos do barómetro são: China, Síria, Egito, Turquia, Vietname, Myanmar, Bielorrússia, México, Arábia Saudita, Irão, Iémen e Iraque. Portugal não é referido em nenhum caso.
No Índice que mede a liberdade da comunicação social, já com dados de 2022, Portugal posiciona-se em 7º lugar, com 87 pontos numa escala de 100. É o resultado mais favorável em 20 anos de Índice da Liberdade de Imprensa, também divulgado pelos RSF.
Para a elaboração do Índice de 2022, a definição de liberdade da imprensa foi tida em conta como:
“A liberdade de imprensa é definida como a capacidade dos jornalistas, como indivíduos ou grupo, de selecionar, produzir e divulgar notícias de interesse público, independentemente de interferência política, económica, jurídica e social e sem ameaças à sua segurança física e mental.”
Nos países escandinavos — Noruega (93/100), Dinamarca (90/100) e Suécia (89/100) — é onde há menos pressão externa nos órgãos de comunicação social e onde os repórteres exercem a profissão num ambiente de maior independência.
Dentro da União Europeia, as posições mais baixas, consideradas 'problemáticas', são ocupadas pela Grécia (108ª posição, com 56 pontos) e pela Bulgária (91ª posição, com 59 pontos). Há 28 países ou territórios no mundo com resultados 'muito graves' (com 40/100 ou menos pontos), entre eles estão a Rússia (155ª posição, com 39 pontos) e a Bielorrússia (153ª posição, com 40 pontos). A Coreia do Norte é o último país da lista, com apenas 14 pontos.