Índice Global da Paz: Portugal entre os países mais pacíficos do mundo

A Islândia mantém a posição de liderança desde o início. Também a Dinamarca e a Áustria têm mostrado estabilidade e posições de relevo no ranking dos países mais pacíficos do mundo.

Fora da Europa são poucos os países que se destacam no Índice Global da Paz. Austrália e Nova Zelândia, na Oceânia, Catar, Japão e Singapura, na Ásia, e Canadá, na América, são as honrosas exceções.

Em 2021, Portugal ficou na 4ª posição, com 1,267 pontos, numa escala em que quanto mais baixa for a pontuação mais pacífico é o país, ou seja, menor é a ameaça à paz. No ano anterior, em 2020, Portugal obteve o seu melhor registo (1,236), ficando na 2ª posição mundial, só atrás da Islândia.

Nos países lusófonos, o Brasil (128º) caiu 32 posições desde 2008. Moçambique está em 103º, Guiné-Bissau em 99º, Angola em 80º e Timor-Leste em 56º.

Desde 2008 que o Instituto para a Economia e Paz (IEP), com sede em Sydney, elabora o Índice Global da Paz em 163 países. Em 15 anos, a classificação da paz nesses países caiu em média 2%, mas 86 participantes melhoraram a situação — mais do que os 75 que pioraram.

No total são avaliados 23 indicadores, tais como: importação e exportação de armamento, arsenal militar e gastos em defesa, impacto do terrorismo no país, acesso da população a armas, impacto dos conflitos internos e externos na sociedade, situação nos países vizinhos, taxa de encarceramento, taxa de homicídios, análise da criminalidade violenta, entre outras ameaças à paz.

E onde está a paz a ser mais ameaçada? Sem surpresa, Afeganistão, Iémen e Síria, assim como alguns países africanos, ocupam os lugares com destaque negativo. Este índice ainda não considera a recente invasão russa da Ucrânia, mas os dois países são os únicos europeus nas últimas posições da lista (ver gráfico com a evolução dos países com pior resultado no Índice Global da Paz).