Sofia Miguel Rosa
Jornalista infográfica
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*Valores trimestrais nos países da OCDE
O gráfico recua cinco anos, ao primeiro trimestre de 2017, e assinala a posição relativa de 46 países da OCDE, no aumento dos custos reais da habitação em relação a 2015
A partir do 3º trimestre de 2017, Portugal fica sempre nas dez primeiras posições do grupo
Em 2019 e 2020 Portugal chega à segunda posição mais alta, só atrás da Hungria onde o valor de venda das casas encareceu ainda mais em relação ao de 2015
O custo real da habitação considera o valor nominal dos preços da habitação e as despesas de consumo das famílias em cada país
Portugal termina a série na 5ª posição, só atrás da Hungria, da Islândia, da Chéquia e da Nova Zelândia
O gráfico recua cinco anos, ao primeiro trimestre de 2017, e assinala a posição relativa de 46 países da OCDE — Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, no aumento dos custos reais da habitação em relação a 2015. A partir do 3º trimestre de 2017, Portugal fica sempre nas dez primeiras posições do grupo e termina a série na 5ª posição, só atrás da Hungria, da Islândia, da Chéquia e da Nova Zelândia.
Com casas mais acessíveis agora do que em 2015, estão o Brasil, a Arábia Saudita, a África do Sul, a Itália e também a Índia e a Indonésia — embora nestes dois últimos casos o valor mais recente seja ainda do 4º trimestre de 2021. Os restantes países com valores para o 1º trimestre de 2022, incluindo Portugal, têm índices superiores a 100, ou seja, encareceram o custo real da habitação.
O custo real da habitação considera o valor nominal dos preços da habitação e as despesas de consumo das famílias em cada país. Os dois índices são ajustados sazonalmente e comparam com o valor-base (2015=100).
Portugal (165,2) tem um índice muito mais alto do que a média da OCDE (134,3) e do que a média da zona euro (127,7) no 1º trimestre de 2022. A linha portuguesa tem-se distanciado de forma consistente dessas duas médias de referência desde 2015 (ver gráfico em cima).
O preço de venda das casas em Portugal subiu desde o final dos anos 80 — a série longa de dados dos preços da habitação da OCDE começa em 1988 — até à crise do subprime em 2007. Seguem-se anos de crise e recuo dos preços até 2013.
O custo nominal da habitação, que inclui o preço de venda de casas novas e usadas, sobe há oito anos consecutivos. Também neste caso, Portugal tem um índice muito superior (168,8) ao da média dos países da OCDE (145,2) em comparação com os preços de 2015 (=100).
O índice dos preços do arrendamento também compara os valores anuais com 2015 (=100). O indicador português seguiu sempre abaixo da média da zona euro até 2013. Com a atualização das rendas mais antigas, o mercado nacional alinhou com a média dos 19 países e nos últimos dois anos o índice português ficou mesmo acima dos parceiros da moeda única. Ou seja, o arrendamento em Portugal encareceu mais do que nos outros países do mesmo grupo.
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